27 março 2009

Adriano Giffoni - Madrugada Carioca (1994)

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Adriano GiffoniPra nós, os baixistas chamados "da nova geração", é uma grande honra ter a oportunidade de passar algum tempo ao lado dele nos festivais de baixo por todo o Brasil. Nas idas e vindas entre aeroportos, hotéis, restaurantes, vans, camarins e shows, pude conhecer um pouco mais sobre esse excepcional instrumentista.

Nessa breve introdução, não vou falar do Giffoni como músico. Vou me ater ao "outro lado" da moeda e talvez o mais importante. Além da técnica e do conhecimento musical, apresento Adriano Giffoni: um grande ser-humano.

Giffoni é daqueles caras que sempre têm uma piada na cartola, principalmente sobre músicos. Sempre uma história engraçada de alguma turnê que fez. É um cara calmo, concentrado e profundamente cordial.

O gênio do contrabaixo que toca com grandes nomes da música mundial, rapidamente se mostra um menino que gosta mesmo é de tocar. Certa feita, estávamos em um restaurante em Brasília jantando e havia ali um excelente músico fazendo uma apresentação de voz e violão. Giffoni não se conteve e com a maior humildade que já presenciei na vida, foi até a van buscar seu D'Mark 5 cordas e pronto. Dois minutos depois a apresentação era violão, voz e baixo. Bom, nem preciso dizer como foi a performance. Como diz o Pixinga, o resto é história.

Conversar com o Adriano sobre o aspecto profissional da música é uma experiência marcante. Com a autoridade de quem construiu uma das carreiras mais bonitas do meio artístico, Giffoni fala sobre a importância de cumprir horários, ter bons equipamentos, ser educado, não ter preconceitos, estar bem vestido, ser preparado para diversas situações. É uma fonte de informação sobre como conduzir uma carreira. Uma aula de comportamento e, principalmente, bom caráter.

Por todas essas virtudes, Giffoni - uma sumidade no meio musical - recebeu o carinhoso e merecido apelido Presidente.

Giffoni, você nasceu em Quixadá, no Ceará. E em homenagem à sua cidade natal, seu sétimo trabalho solo chama-se Quixadá Acústico. De que maneira a música nordestina te influenciou como músico?
A música nordestina entrou na minha vida aos nove anos em Recife, onde comecei a tocar violão. Depois quando eu fui morar em Olinda, o meu pai me levava para ver os grupos de Ciranda, Frevo e Maracatu e isso marcou muito na minha formação musical.

Você é reconhecidamente um dos maiores pesquisadores dos ritmos brasileiros para contrabaixo.
Nos arranjos de sopros eu gosto de misturar riffs de funk com levadas nordestinas. Gostei muito de dedicar um CD inteiro ao baixo acústico, um instrumento que eu adoro e que já me levou para muitas gravações com artistas nacionais e internacionais.

Como foi seu início na música? Como você decidiu e tornou-se um contrabaixista?
Toquei violão e teclado em bandas da Beira Mar de Olinda até os 17 anos e quando toquei numa banda de carnaval de 1977, pintou a vaga de baixista e eu gostei muito e resolvi estudar pra valer. Fui para o conservatório da Universidade do Amazonas estudar com Jackes Von Frasunkiew, um inglês que me preparou para a UNB de Brasília e para a Escola de Música, onde fui aluno do professor Tony Botelho. Depois de dois anos em Brasília, eu resolvi estudar no Rio de Janeiro com o Sandrino Santoro e fiz o curso livre da Unirio em 3 anos.

Com o avanço da tecnologia e da internet você acha que hoje em dia está mais fácil estudar contrabaixo?
Com certeza, a internet ajudou muito, principalmente na facilidade de conseguir material de vídeo e livros. Programas como o Band in a Box, Encore e Finale, são meus principais aliados para produzir playbacks e exercícios para os alunos. Estudo também o programa Nuendo de gravação e com isso tenho proporcionado testes de gravação para meus alunos e conseguido bons resultados na formação de novos músicos de estúdio no Rio de Janeiro.

Apesar de todo esse avanço da informação, ainda não se encontra muito material sobre ritmos genuinamente brasileiros. Qual seria sua dica para o baixista que deseja conhecer esses estilos? Qual seria o bê-á-bá para quem deseja conhecer os ritmos da música brasileira?
Acho que a grande porta para conhecer os ritmos brasileiros está nos centros culturais como o de Recife, a Feira de São Cristovão, no Rio, as livrarias da Funarte, entre outros. Em cada viagem que eu fazia com artistas como Tim Maia, Emílio Santiago, Maria Bethânia, Gal Costa e Roberto Menescal, eu sempre comprava um CD de música regional e, com isso, formei um grande acervo de música brasileira.

Atualmente, com tantos compromissos de estúdio e shows, você consegue seguir uma rotina de estudos? Como é sua rotina?
Estudo em média 4 horas por dia e divido isso com os instrumentos e estudos de gravação com o programa Nuendo, onde faço os testes de timbres. E agora comecei a entrar no mercado das gravações online. Tenho gravado com vários artistas que mandam uma base para eu colocar o baixo acústico ou elétrico no meu home estúdio.

E as novidades do mercado musical. O que você tem escutado ultimamente? Tem alguma banda ou artista que tem chamado sua atenção?
Ouço tudo. Jazz, funk, hip-hop, música regional, música africana e música latina, e quando posso vou a shows pra conferir novas bandas e artistas com novas propostas musicais. Gosto muito do Lenine, Fernanda Abreu, BossaCucaNova, Pedro Mariano, e sou fã do grupo Roupa Nova que é um exemplo de qualidade na produção e bom gosto nos arranjos vocais e instrumentais.

Quais são os baixistas da nova safra que você destacaria?
Marcelo Mariano, Ney Neto, Sérgio Groove, Ebinho Cardoso, Bruno Migliari, Rodrigo Villa (Jobim Trio), Miqueas Santana, Mauro Sérgio, Ricardinho do Recife e Bráulio Araújo são grandes músicos e vão fazer muito sucesso em 2009.

E sobre o seu set-up. Que equipamentos você tem utilizado atualmente?
Eu estou usando os baixos elétricos de 4, 5 e 6 cordas da D'Mark, baixos acústicos da Nhureson com captadores Wilsom Pickups da Dinamarca, um vertical bass do luthier Germano M., amplificadores Roland e Pezo e uma caixa de 2x10 também da Pezo. Power Click amplificador de headphone.

Você é um dos sidemans mais requisitados do mercado. Com isso, sabemos que você passa bastante tempo viajando. Quais são os pontos positivos e negativos nesse tipo de atividade, acompanhando artistas consagrados?
Acho que para ser um músico de shows, é preciso gostar de acompanhar e não ter preconceito musical. As viagens nos levam a conhecer outras culturas e conviver com músicos de alto nível e isso só ajuda na nossa evolução. Estive no Japão em novembro com o compositor e cantor Carlos Lyra e tivemos casa lotada nos oito show que fizemos. Fiquei muito feliz com o tratamento e o respeito dos músicos e da platéia com nosso trabalho.

O ponto negativo é a saudade da família. E para quem tem filho, a cobrança é grande. Mas quando eles vêem que eu estou feliz com isso, eles compreendem e me apoiam.

Como foi seu contato com o Andy Summers e como foi tocar ao lado dele?
Tocar com o Andy Summers foi um grande prazer. Fizemos quatro shows em São Paulo e ele gostou muito de tocar com uma base brasileira e marcou para depois da tour que ele ia fazer com o The Police, a gravação de um DVD, que aconteceu dia 19 de novembro de 2008 no Teatro do SESC Ginástico no Rio. O lançamento será em abril e ele quer levar o show para vários países.

Quais são seus projetos para o ano de 2009?
Estou gravando no meu home studio um CD comemorativo dos meus 30 anos de contrabaixo com 10 temas inéditos para baixo acústico e elétrico. E nesse disco eu toco também todos os violões. Vou convidar alguns percussionistas para completar o trabalho que será mixado e masterizado pelo técnico Daniel Cheese, no Estúdio Carioca no Rio de Janeiro.

Podemos fazer um bate-bola? Eu falo uma palavra e você responde a primeira coisa que lhe vier à mente:
Giffoni?
Músico brasileiro.

Improviso?
Inspiração.

Técnica?
Estudo e dedicação ao instrumento.

Velocidade?
Dispensável. Prefiro uma boa sonoridade.

Slap?
André Gomes e Pixinga.

Samba?
Um samba tocado por Bororó, Prateado, Sizão e Ivan Machado será sempre bom de ouvir.

Baixo-acústico?
Minha batalha diária pela limpeza e afinação do som acústico.

Luizão Maia?
Uma grande influência na minha carreira de músico de shows e estúdio. Minha sonoridade de mão direita tem muito a ver com ele e por causa disso eu fui convidado para tocar com o sanfoneiro Sivuca em uma tour de 55 shows pela Europa em 1988, que na temporada anterior tinha sido feita pelo Luizão Maia por vários países.

Nico Assumpção?
O melhor baixista que eu vi tocar baixo acústico e elétrico.

Celso Pixinga?
Um grande mestre e batalhador da música instrumental brasileira. Seu trabalho o levou para o Blue Note de New York e o seu talento foi reconhecido pelas grandes revistas do Mundo. Tenho muito orgulho de fazer parte dos festivais que ele organiza e que abriu as portas para que novos baixistas de vários estados mostrassem sua cara e se motivassem a batalhar com seus trabalhos próprios e com isso melhorar a qualidade da música instrumental no Brasil.

Sideman?
Jamil Joanes.

Gênio?
Arthur Maia.

E pra encerrar a entrevista, deixe uma mensagem para os baixistas que vão ler essa matéria. Qual é a dica do Mestre Adriano Giffoni para ser um baixista de sucesso?
Muito estudo, dedicação, profissionalismo e muita humildade, pois ninguém nasce sabendo. Paz e muito som em 2009.

Ney Neto - extraído do site Baixista.com.br
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Adriano GiffoniAdriano Giffoni (1959, Ceará) has been making music since he was 15 years old. He started playing the guitar in several bars in the historical city of Olinda and Recife (Pernambuco) before moving to Manaus (Amazonas), where he began his formal studies as an acoustic bass player. He attended the Conservatory of the University of Amazonas and also had additional training at the University of Brasília, Musical School of Brasília, UNIRIO and a few others extension courses with names such as Professors Ian Guest, Sandrino Santoro. He also took classes with Zeca Assumpção.

With such strong educational background, Giffoni has been giving workshops throughout Brazil and the world since 1994. Escola Pró-Arte (Rio de Janeiro), Escola Pró-Música (Minas Gerais) and Musikconservatorium (Copenhagen, Denmark) are just a few examples of where Giffoni has presented. In addition to that, he has also found time to write many books for bass players, including the following titles: Música Brasileira para Contrabaixo and Brazilian Music Workshop.

Having been on the A-list of many Brazilian performers as the bass player of their choice - he has performed with Leila Pinheiro, Djavan, Zizi Possi, Gal Costa, Nana Caymmi, Leny Andrade, Fátima Guedes, Maria Bethânia and many more - Giffoni still finds time to release top-notch solo works. His first solo CD was Adriano Giffoni (1992 - Perfil Musical) which was followed by Madrugada Carioca (1994 - Perfil Musical), Contrabaixo Brasileiro (1997 - Perfil Musical) and Caçula (1999 - Perfil Musical).

His latest project was the creation of a bass quartet in 2001. With that novel idea and support of fellow bass players Felipe Lydia, Norton Daiello and Mauro Rocha, the new Baixo Brasil.

Egídio Leitão - April 2004 - extracted from Música Brasileira from A-Z
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Antonio Adolfo - Cristalino (1989)

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Antonio AdolfoFilho de uma violinista da Orquestra do Teatro Municipal do Rio, carioca de Santa Teresa, aquariano da classe de 47, o pianista Adolfo aos 16 anos já pertencia ao fechado clube da bossa-nova acantonado no Beco das Garrafas, à frente de grupos como o Samba a Cinco e o Trio 3-D. No último, ele participou da peça musical "Pobre Menina Rica", de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, e começou a acompanhar ases do setor. Mas a partir de 1967, em dupla com o letrista Tibério Gaspar, Adolfo, o compositor, transformou-se num dos detonadores da ala da toada moderna, que produziu sucessos como Sá Marina e Juliana.

Ao mesmo tempo, pilotando o grupo Brazuca, instaurou um tônus de modernidade eletrônica no pop da época (Teletema, Ana Cristina) até desaguar na autopista abrasiva da BR-3, que causou polêmica e sacudiu as estruturas festivalescas. Integrante da banda que acompanhou Elis Regina em duas excursões à Europa, um estágio com a erudita Nadia Boulanger, em Paris (além dos aperfeiçoamentos com os brasileiros Guerra Peixe e Esther Scliar), Antonio Adolfo estava pronto para mais um grande salto.

Em 77, num ato de coragem e pioneirismo, lançava o disco "Feito em Casa" em seu próprio selo Artezanal. Era o pontapé inicial de uma tendência libertária, a do disco independente, que motivaria o aparecimento de artistas divergentes das leis do mercado tradicional.

Adolfo gravou neste sistema tanto material próprio (até música para crianças, a peça "Astro Folias" e "Passa Passa Passará") quanto promoveu revisões de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, de pianeiro para pianeiros. Era o sinal de que como intérprete (vide sua incrível participação no III Free Jazz, no comando de três módulos de diferentes escolas da música instrumental), ele atingiu uma posição rara: a do criador contemporâneo que domina a linguagem da atemporalidade (Tárik de Souza).

Desde 1985, Adolfo vem se dedicando a sua escola de música, o Centro Musical Antonio Adolfo, além de participar em eventos internacionais como músico e educador, sem deixar de lado sua carreira como intérprete. Recebeu dois Prêmios Sharp por seus trabalhos "Antonio Adolfo" e "Chiquinha com Jazz", respectivamente.

Como autor de material didático, lançou no Brasil sete livros pela editora Lumiar, além de um video-aula e dois livros sobre música brasileira no exterior. Durante oito anos foi o representante do IAJE (International Association For jazz Education) para a América Latina.

Recentemente Antonio Adolfo voltou a se apresentar com mais frequência em shows, seja em formato piano solo ou em grupo. De uma de suas apresentações com a filha Carol Saboya, em uma Universidade dos Estados Unidos, nasceu seu mais recente trabalho em CD, lançado no Brasil e no Exterior: "Antonio Adolfo & Carol Saboya Ao Vivo/Live".


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Antonio AdolfoAntonio Adolfo was an important composer, having written songs recorded by Nara Leão, Marisa Gata Mansa, Ângela Rô Rô, Dóris Monteiro, O Grupo, Wilson Simonal, Geraldo Vespar, Leci Brandão, Emílio Santiago, Beth Carvalho, and Sérgio Mendes & Brasil '66, among others. Adolfo also had a noted role in the process of making important music available through independent production, through the creation of the pioneer independent label Artezanal. His recordings of important and almost-forgotten composers of the belle époque, like Chiquinha Gonzaga and João Pernambuco, are noted cultural initiatives. As an arranger, he worked for Leci Brandão, Ângela Rô Rô, Elizeth Cardoso, Emílio Santiago, Fátima Guedes, Marcos Valle, Mongol, Nara Leão, O Grupo, Ruy Maurity (his brother), Sueli Costa, Vinícius Cantuária, Rita Lee, Zezé Motta, and others.

The son of Yolanda Maurity, a music teacher and violinist of the orchestra of the Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Antonio Adolfo began to study music very early. At seven, he began his violin studies with Paulina D'Ambrozzio. At 15, he took up piano, studying with Ayrton Vallim. In 1963, he joined the group Samba Cinco, which performed in the famous Beco das Garrafas on Rio's 52nd street. In 1964 Adolfo was invited by Carlos Lyra and Vinícius de Moraes to be a musician for their play Pobre Menina Rica (at Teatro de Bolso), beginning to accompany important names of MPB. Adolfo formed the group 3-D for that gig, and continued to perform with it until 1968, having recorded four LPs. In that year, he became acquainted with Tibério Gaspar, with whom he wrote important songs such as "Juliana," "Sá Marina," "Teletema," and "BR-3." "Caminhada" made it to the finals of the II FIC, 1967. The next year, Wilson Simonal recorded "Sá Marina" with success. In that year "Visão" was included in the III FIC.

In 1969 Adolfo accompanied Elis Regina in her tour through Europe. Back to Brazil in the same year, he wrote music for soap operas and participated in the IV FIC (1969) with "Juliana" (written with Tibério). The song was defended by Adolfo's group A Brazuca, and took second place. With that group he toured Brazil and Peru, recording two albums through Odeon. In 1970, "Teletema" (with Tibério) took second place in a festival in Athens, Greece, in Evinha's interpretation, which achieved popular success also in Brazil. "BR-3" won the national phase of the V FIC, in Toni Tornado's interpretation.

In 1971 Adolfo moved to the U.S., hired by Jerry Shayne Music, Inc. In 1972 he returned to Brazil, beginning to write alone, and recording Antonio Adolfo (Philips). In that year he studied with David Baker at Indiana University. Adolfo was a member of the band that backed Elis Regina in two European tours, finding time in between for a stint with the classical Nadia Boulanger, having studied also with Guerra Peixe and Esther Scliar. Back in Brazil, he developed his career as pianist, arranger, and producer. But even more deserving of attention is his work as a pioneer in the independent production field, which awakened artists and public to the necessity of opening alternative routes to non-commercial productions.

In 1977 he launched his independent label Artezanal with the album Feito em Casa, with only originals. Encontro Musical, released in the same year, brought again originals and only one song, "Sá Marina," written together with Tibério. The album had the participation of Joyce and Erasmo Carlos. Viralata (1979) had mainly originals, and Continuidade had special guests Viva Voz, Emílio Santiago, Hyldon, and Maurício Einhorn. The albums were propelled by shows throughout Brazil, together with artists like Tião Neto, Vítor Assis Brasil, Carmélia Alves, Oswaldinho do Acordeom, Alaíde Costa, Sidney Miller, Walter Queiroz, and Danilo Caymmi, among others.

In 1984 Adolfo released through the label Funarte a tribute album dedicated to the compositions of João Pernambuco, with participation of Nó em Pingo D'água. In 1985 he paid tribute to Chiquinha Gonzaga, a seminal Brazilian female conductor, pianist, and composer, interpreting her songs in Viva Chiquinha Gonzaga, with participation of Nilson Chaves and Vital Lima. The album Os Pianeiros is dedicated to belle époque piano composers. In the same year he participated in the first Carioca experience of teaching popular music/jazz in the Centro Calouste Gulbenkian, together with Pascoal Meirelles, Hélio Delmiro, Ary Piassarollo, Paulo Russo, and others. Seeing the potential of the sector, he opened his Centro Musical Antônio Adolfo, also developing workshops in the U.S. and Europe.

Adolfo published music education material in Brazil and abroad, including the video Secrets of Brazilian Music and the book with companion CD Brazilian Music Workshops, together with six other books through Lumiar publishing. In 1996 he received the Prêmio Sharp award for his instrumental composition "Cristalina," from his album Cristalino (1993). In 1997 released Chiquinha com Jazz (Artezanal), which also was awarded the Prêmio Sharp, and so was the album Antônio Adolfo.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide
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26 março 2009

Zé Nogueira - Disfarça e Chora (1995)

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Zé NogueiraZé Nogueira é constantemente citado como o único brasileiro que toca exclusivamente o sax soprano. Mas domina também teclado e flauta, que começou estudando aos 15 anos. Passou pelos bancos do Conservatório Brasileiro de Música, da Escola Nacional de Música da UFRJ e da Berklee College of Music, em Boston (EUA). Estreou em 1975, tocando sax na peça "Gota d’Água", de Chico Buarque. Posteriormente, participou da "Ópera do Malandro" e de "Rei de Ramos".

Durante anos, tocou em discos e shows de figuras do primeiro time da música brasileira e também fez parte da Banda Zil — com quem gravou um disco — e da Usina. Como produtor musical, esteve à frente de trabalhos de Djavan, Victor Biglione, Leny Andrade e Ney Matogrosso. Participou de festivais em Varadero (Cuba), Montreux (Suíça), Nova York e Japão. Com 20 anos de carreira, gravou o primeiro solo, "Disfarça e Chora", em 1995, um painel do sopro brasileiro, pelo qual foi indicado ao Prêmio Sharp como Melhor Álbum Instrumental. Neste disco, o instrumentista passeia pela música brasileira, desde Cartola, Severino Araújo e Moacir Santos a Guinga e Edu Lobo.

No Free Jazz Festival de 1996, apresentou uma seleção de chorinhos e sambas acompanhado por Leandro Braga, Ricardo Silveira, Zeca Assumpção e Marcos Suzano, confirmando a boa impressão que deixou quando lançou o disco. Nos bastidores do festival, participou durante anos como assessor artístico.

Fez uma incursão pelo cinema. Com Victor Biglione compôs a trilha de "Faca de Dois Gumes" e produziu a trilha composta por Cristóvão Bastos para "Mauá, o Imperador e o Rei".

Extraído do site CliqueMusic

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Zé NogueiraHaving studied at the State University of Rio de Janeiro and at the Berklee College of Music, Zé Nogueira, one of the leading Brazilian instrumental musicians, started in 1975 as a saxophonist in the play Gota d'Água (Chico Buarque), having participated later in Buarque's Ópera do Malandro and Rei de Ramos.

As a sideman Nogueira performed with the top artists of Brazilian music, having being a member of the Banda Zil. His experience in international festivals include Varadero (Cuba), Montreux (Switzerland), New York and Japan. His first solo album came in 1995, when he had already 20 years of career, Disfarça e Chora, having being nominated for the Sharp prize as Best Instrumental Album. In the next year he was one of the attractions of the Free Jazz Festival.

Nogueira also co-wrote (with Victor Biglione) the soundtrack of Faca de Dois Gumes, and in 2001 he had a noted participation in Ouro Negro, a tribute to Moacir Santos.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide

Splishjam - Quase Todas Elas (2009)

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O Splishjam é um duo mineiro de músicos e agitadores culturais. Formado por Dellani Lima e Rodrigo Lacerda Jr., também integrantes do grupo de intervenção musical Em Dias de Surto, a dupla produz músicas instrumentais lo-fi, no estilo IDM, em gravações caseiras que assemelham-se a trilhas sonoras de curtas-metragens e vídeos publicitários, utilizando "um violão com cordas de aço, dois teclados (Yamaha PSR-6 e Casiotone MT-40) e uma gaita em dó", conforme informado em seu release. Neste disco, cada faixa leva o nome de uma mulher.

Para mais informação, visite o MySpace do Splishjam

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Splishjam is a duo from Minas Gerais (a state located in the Southeastern region of Brazil) of musicians and cultural agitators. Formed by Dellani Lima and Rodrigo Lacerda Jr, also members of the group of musical intervention Em Dias de Surto, the duo produces lo-fi instrumental music, in the IDM style, in homemade recordings that resemble to short-films and advertising soundtracks, using "a steel guitar, two keyboards (Yamaha PSR-6 and Casiotone MT-40) and a harmonica in C," as informed in its release. In this record, each track is named after a woman.

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19 março 2009

Copinha - Jubileu de Ouro (1975)

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CopinhaCopinha era filho de italianos e tinha oito irmãos, todos eles músicos. Seu primeiro professor de flauta foi Vicente, irmão mais velho. E, nas serenatas e rodas de choro de São Paulo, iniciou-se no jeito de tocar em grupo, solar e acompanhar.

"Eu comecei a estudar com 7 anos de idade, em 1917. Mas estudava direito, estudava música primeiro. Hoje a gurizada pega um instrumento e vai tocar de ouvido. Estudei música, solfejo, depois mais tarde harmonias, essa coisa toda. Com 9 anos é que eu peguei a flauta. Com nove anos eu já fazia serenata com o Canhoto [Américo Jacomino]. Toquei muitas vezes. Ele gostava e dizia: 'Esse garoto é bom'."

Antes dos 20 anos de idade, dominava também o clarinete e o saxofone, que aprendera no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Embora Copinha tocasse também clarinete e saxofone, o seu instrumento de preferência, e o que mais utilizou durante toda a carreira, foi a flauta. O que caracteriza Copinha, além da evidente qualidade técnica e musical, é a capacidade de se adaptar a uma enorme variedade de estilos.

Não existe uma "flauta" de Copinha, que se imponha de maneira uniforme independentemente do que e com quem esteja tocando; porém tampouco falta personalidade à sua execução, pois alguns traços estão presentes em todas as suas intervenções: a limpeza do som, o estilo chorado, a economia de notas e, acima de tudo, a interação com os outros instrumentos ou com a voz – a flauta de Copinha está sempre integrada ao conjunto sonoro, e mesmo quando sola não ignora o acompanhamento.

Não existe melhor maneira de perceber tudo isso do que ouvir sua atuação com João Gilberto e, depois, com Paulinho da Viola. Escutar os discos "Chega de Saudade" e, em seguida, "Nervos de Aço".

Apesar de sua discrição e de seu papel de acompanhante, Copinha era respeitado pelos grandes músicos. A ponto de Hermeto Pascoal, um músico em tudo e por tudo diferente, cuja flauta soa no mais das vezes nervosa, "suja", agressiva, ter homenageado o colega com a composição "Salve, Copinha" (gravada no disco "Brasil Universo").

Copinha tem menos de 20 composições gravadas, a maioria nos seus próprios discos. São quase todas obras tradicionais, românticas, típicas das serestas. O compositor Copinha viveu no segundo plano em relação ao músico, pelo menos no que se refere às gravações.

A originalidade de arranjador de Copinha não deve ser procurada nos discos orquestrais e sim, principalmente, em três discos de Paulinho da Viola para os quais escreveu os arranjos: "Nervos de Aço", "Memórias Cantando" e "Memórias Chorando" – dois discos de canções e um disco instrumental.

Sem prejudicar em nada o balanço e o sincopado dos sambas e choros que Paulinho escreveu ou interpreta, Copinha cria um ambiente camerístico no qual cada músico tem seu papel mas, também, a sua liberdade. Há um jogo de som e silêncio, tanto de cada instrumento isolado quanto do grupo como um todo. Instrumentos que se emparelham de maneira imprevista e original. E divisões surpreendentes – como nos contracantos de "Comprimido".

"Interessante a maneira com a qual Copinha combina os instrumentos aqui: bateria (vassourinha), baixo, violão sete cordas [Raphael Rabello] e flauta. Copinha, neste arranjo, mostra como era a vanguarda no choro. Como Paulo Moura, tem uma visão bem livre dos arranjos, com poucas sinalizações, mas fundamentais". (Hélio Amaral)

O disco a que se faz referência aqui é "Bonfiglio de Oliveira Interpretado por Copinha e seu Conjunto". Ao rever a música de um antigo compositor de choro, mais uma vez Copinha preserva o essencial da tradição mas não despreza a modernidade, como na junção do contrabaixo com o violão de sete cordas.

Copinha teve duas carreiras distintas: a das orquestras e grandes conjuntos, e a de instrumentista em pequenos grupos, ou acompanhando grupos e cantores. Ambas foram longas, intensas, e produziram resultados muito distintos. Começou a carreira profissional em 1934, como flautista, fazendo fundo para filmes mudos em cinemas de São Paulo e tocando em programas de rádio, quando teve a oportunidade de se apresentar com os violonistas Garoto e Armandinho.

Mas logo deu início à criação de orquestras, principiando pela Orquestra Irmãos Cópia, sob a liderança do irmão mais velho, Vicente; depois,"Juca e seus rapazes"; e, mais adiante, a orquestra do Maestro Gaó (Orquestra Colúmbia), em apresentações nas rádios paulistas.

Com Gaó, ainda na década de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tocou em boates, cabarés (com Pixinguinha, no Dancing Eldorado), teatros e cassinos; com a orquestra de Simon Boutman, no Cassino do Copacabana Palace; Carlos Machado, no Cassino da Urca; e Paul Morris, no Quitandinha, em Petrópolis.

Com vocação de andarilho, desde a década de 1930 empreendeu um ciclo de viagens internacionais que se estendeu até o final da vida, sozinho, em grupos, como músico de orquestras ou maestro.

Corria a década de 1940, e Copinha criou a primeira orquestra sob sua liderança, chamada inicialmente de Cópia e sua Orquestra. Com ela, ao longo de quase 20 anos, tornou-se um dos principais acompanhantes de cantores como Sílvio Caldas, Francisco Alves, Mário Reis, Carmen Miranda, Cyro Monteiro, Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Orlando Silva e Dorival Caymmi.

Em 1958, recebeu em sua orquestra um músico nordestino que viria a fazer história na música brasileira: Hermeto Pascoal mudou-se de São Paulo para o Rio de Janeiro a fim de tocar acordeom na Orquestra do Maestro Copinha, que então se apresentava no Hotel Excelsior. E, no mesmo ano, juntou-se à orquestra o pianista acreano João Donato, durante uma temporada no Hotel Copacabana Palace.

A partir da década de 1960, tornou-se um dos mais requisitados músicos de estúdio e de shows do Brasil. O espaço das orquestras rareava pela soma das novas tendências da música com o alto custo necessário para mantê-las. E Copinha afastou-se aos poucos, primeiro desmobilizando sua própria orquestra para trabalhar nas orquestras da TV Tupi e, depois, da Rede Globo e, por fim, praticamente abandonando os grupos orquestrais.

São raros os cantores e compositores de primeira linha da música brasileira, a partir da década de 1960, que não tenham contado com Copinha e seus instrumentos de sopro – particularmente a flauta. Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Cartola e Ivan Lins são apenas alguns deles.

É de Copinha a flauta que se ouve na famosíssima introdução de "Chega de Saudade", que abre o primeiro LP homônimo de João Gilberto, com arranjos de Tom Jobim. Assim como é de Copinha a flauta que acompanha João em outras faixas do mesmo LP.

Copinha toca flauta em "Canção do Amor Demais", de Elizete Cardoso, considerado um dos marcos iniciais da bossa nova. São dele os sopros em grande parte dos discos de carreira de Paulinho da Viola.


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CopinhaAn active sideman for recording sessions, Copinha accompanied the stars Carmen Miranda, Francisco Alves, Mário Reis, Carlos Galhardo, Orlando Silva, Sílvio Caldas, Nuno Roland, Rui Rei, and many others in the Golden Age of song (between the '30s and '40s). During the bossa nova years (late '50s to early '60s), he accompanied Elizeth Cardoso, João Gilberto (since his first album), and other icons of the movement. He recorded Pierre Barouh's score for the famous film Un Homme et une Femme, together with Baden Powell, Milton Banana, and the Castro-Neves brothers: Oscar and Iko. From the '70s to the '80s, he was a sideman for Caetano Veloso, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Roberto Carlos, Gilberto Gil, and others. He also had international success with his solo work, which was ahead of his own orchestra.

Born the seventh son of Italian immigrants, he began his musical studies at age nine with his older brother, Vicente Cópia (all his brothers were musicians). Taking up the flute, he became a professional in 1924, accompanying silent movies until the advent of sound in 1930. In 1928, he took up the clarinet and the saxophone and played around a lot. In 1930, he performed several times for Rádio Paulista, accompanied by Garoto. His first album was recorded in that year, together with Garoto, Aimoré, Armandinho (all violonistas [acoustic guitar players]), and singer Moreira da Silva.

CopinhaWith his brothers and nephews, he organized the Orquestra Irmãos Cópia (who played regularly until 1934), where crooners like Rui Rei, Nuno Roland, and Grande Otelo performed. Completing an engineering degree at a university, he worked for some time in that profession, but never abandoned his busy schedule as a musician. In 1931, he joined the quartet of Spartaco Rossi on their tour of Germany. In 1932, he accompanied famous singers Mário Reis and Francisco Alves. In 1933, he performed at Rádio Cruzeiro do Sul with Maestro Gaó's Orquestra Columbia, joining them regularly between 1937 and 1939.

Expanding his activities to Rio de Janeiro in 1936, he was hired by Rádio Ipanema and played with Pixinguinha at the Eldorado gafieira. He was an active sideman during the '30s and '40s. From 1939 to 1943 he joined the orchestra of Simon Bountman, and from 1944 to 1946 he performed with the orchestra of Carlos Machado at the Cassino da Urca, playing also in other casinos. His own orchestra was formed in 1946; they performed until 1959 at the Casino of the Copacabana Palace Hotel. In that period, coinciding with the inception of bossa nova, several of the important names of the movement joined his orchestra or were accompanied by them, such as João Gilberto, João Donato, Milton Banana, and many others. In 1958, after having accompanied Elizeth Cardoso on the historic album where bossa nova was launched (Canção do Amor Demais), he was invited by Tom Jobim to appear on the debut album of João Gilberto. In the bossa nova period, he continued his active participation as a sideman in recordings. In 1966, he performed in Monaco with his orchestra, Copinha do Rio. In 1967, he teamed with pianist Dom Salvador, drummer Chico Batera, and bassist Sérgio Barroso, playing in Miami, Dallas, and Minneapolis (U.S.A.). His 50-year career was commemorated with the recording of the LP Jubileu de Ouro (Som Livre), in July 1975.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide

17 março 2009

Yuri Popoff - Catopê (1992)

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Yuri PopoffNascido em Espinosa e criado em Montes Claros, Popoff iniciou seus estudos no Conservatório Lourenzo Fernandes. A sua formação acadêmica foi na Universidade de Minas Gerais, com o contrabaixista Ykeda Makoto (foi o primeiro contrabaixista da Orquestra Sinfônica de Nova York).

Começou a atuar profissionalmente em 1975, na Orquestra Sinfônica de Campinas e em 1979 se tornou integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de Minas Gerais. Com mais de 20 anos de atuação como músico profissional, Yuri participou de turnês nacionais e internacionais junto a artistas como Nana Caymmi, Maria Bethânia, Beto Guedes, Toninho Horta, João Donato, Simone Guimarães, Selma Reis, Leila Pinheiro, Cássia Eller, entre outros.

Nos anos oitenta, decidiu se tornar também um compositor, estreando com a famosa canção "Era Só Começo Nosso Fim". Suas composições foram gravadas por instrumentistas como Toninho Horta, Mauro Senise, Carlos Malta, Robertinho Silva e Marcos Suzano; por cantoras como Simone Guimarães, Clara Sandroni e Leny Andrade e por jazzistas como Wayne Shorter, Marck Egan, o guitarrista coreano Jack Lee e o violonista austríaco Rudi Berger.

Em 1993, recebeu o Prêmio Sharp de Música Instrumental, ao lado de Altamiro Carrilho, Paulo Moura e Hermeto Pascoal, garantindo o Prêmio Revelação com o elogiado CD "Catopê". Seu segundo CD "Era Só Começo..." foi uma produção independente, sendo lançado em 1998.

Profissional reconhecido, pesquisou e lecionou na Universidade Estácio de Sá, dando aulas de contrabaixo e técnica instrumental por um período de 16 anos. Entre 1993 e 1997 lecionou no CIGAM (Escola de Ian Guest), e ainda como professor de harmonia e arranjo em música popular nos Festivais de Ouro Preto e Internacional de Brasília. No Conservatório de Música do Rio de Janeiro realizou a coordenação do curso de Música Popular Brasileira, juntamente com Cecília Conde e Roberto Gnatali. Participou também da produção de vários CD's do circuito carioca.

A convite do grupo Bayu, Yuri Popoff produziu a trilha musical da peça "Cuenda", que aborda a história do Congado Mineiro. "Cuenda" abriu caminhos para uma vasta pesquisa sobre a cultura do Congado em Minas Gerais. Esta pesquisa resultou no seu último CD "Lua no Céu Congadeiro", que está sendo lançado em 2005.

Extraído do site Clube de Jazz

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Yuri PopoffThe bassist Yuri Popoff has recorded and toured with artists like Beto Guedes, Toninho Horta, Nana Caymmi, Maria Bethânia, João Donato, Leila Pinheiro, Wagner Tiso, Clara Sandroni, Flávio Venturini, Selma Reis, and Mauro Senise. His first solo album, Catopê (1992), won the Sharp prize. He has performed solo internationally in Hong Kong and Bangkok. The bassist Mark Egan, from Pat Metheny's band, recorded Yuri's tune "Green" and the Korean guitarist Jack Lee, "Vertentes."

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide

16 março 2009

Os Argonautas - Os Argonautas (1999)

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Os ArgonautasGustavo Dreher, Marcelo Moreira, Régis Sam e Rodrigo Rosa integravam em 1999 Os Argonautas, uma das bandas mais talentosas e menos convencionais da surf music brasileira.

Na verdade na ativa desde 97, com formação diferente, lançaram duas elogiadas demos com regravações de clássicos da surf music, e integraram a mítica coletânea Francis Picabia ao lado de The Charts, Gasolines e Júpiter Maçã, com sua versão de "Tomorrow Never Knows" dos Beatles.

Mas é com a formação citada, e com produção de Gustavo Dreher, Marcelo Moreira e Régis Sam, que Os Argonautas registram o primeiro disco autoral. Sobretudo um disco de surf music, também agregam a isso ritmos regionais de diversas partes do país, formando uma inacreditável mistura de sonoridades e experimentalismos.

A faixa "Soñadora" abre o disco mostrando já um pouco dessa mistura, quase como o Caribe em conjunto com Dick Dale. Isso prossegue em outras faixas como "Pájaro" e "Milonda Argonautillus", e passeia por diversos ritmos ("O Baião", "Vaquejada") e estilos ("Bolerón de Los Borrachos").

Também há grandes canções surf, como em "O Escafandrista do Asfalto" e a perfeita "Argo", onde inserir flauta e teclado dá um ótimo toque adocicado ao clima todo. "Canalhas" traz um belo duelo entre flauta e guitarra na convencional linha surf.

E não podiam faltar os experimentalismos. "Space Invaders" traz Régis Sam e Gustavo Dreher compondo o que a banda desfere como um tema quase atonal, enquanto "Luciana" coloca o pé em São Paulo e traz ritmos de samba e samplers em andamento aleatório (vezes invertidos) de Demônios da Garoa no meio da música. "Rumo à Cólquida" fecha o álbum em um lisérgico alto-mar.

O disco ainda conta com participações de Alexandre Ograndi, Plato Divorak e Thomas Dreher. Atualmente Thomas assume a bateria da banda. E Os Argonautas prosseguem com um disco de estréia que traz um inacreditável frescor à surf music.

Roberto Iwai - extraído da revista virtual the freakium!
Para mais informação, visite o site d'Os Argonautas

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Os ArgonautasLate afternoon, in a typical American restaurant. The young couple discusses plans for the future. Among coffee gulps they decide it's time for action, right there. A kiss and they're ready. The guy jumps over the bench, packed: - Everybody cool, this is a robbery!

The skinny lady jumps and shouts, holding her gun with both hands: - Any of you fucking bitches move, and I'll execute every mutherfucking last one of you!

The scene freezes. The movie had just begun but to Marcelo Moreira, sat in the cinema, there was no difference anymore. That guitar tone driving Pulp Fiction's credits sounded like a terrific revelation: - That's it. That's the sound I want to play.

Over there, on that moment, Os Argonautas (The Argonauts) got started. In February 1997 the first band line up got together, with the visionary Marcelo Moreira on guitar, the resonant Regis Sam on bass and the intrepid Wilson Picco's drums. It wasn't in vain that "Misirlou" - the inspiring soundtrack - and other songs of the master Dick Dale already took part in the band's set list. But that wasn't just that. Os Argonautas based their sonority on the soul of the authentic 60's Instrumental Surf Music. Rediscover with their contemporary latin eyes and ears The Ventures, Pyramids and Surfaris (and also The Beach Boys), but also brought to this beach the most various Brazilian, Latin American and eastern music influences.

The first demo tape, released in March of that year, showed the band's versions of the classics of the surf music and own compositions wich revealed the sound waves that Os Argonautas would surf. From that demo tape came the astonishing version of "Tomorrow Never Knows", that integrated the "Francis Picabia Project", demo tape with other Brazilian bands like Violeta de Outono and Júpiter Maçã. Os Argonautas participated also in the movie soundtrack about the history of Grêmio (great Brazilian soccer team).

After this first period, new passengers came up the deck. The percussionist Rodrigo Rosa joined in with drums and rattles, shaking the boat with tropical hot rhythm. Gustavo Dreher also had the honor of integrating Os Argonautas enchanting monsters and maidens with his magical flute. The drums changed from Vilson Picco to the fascinating Paula Nozzari.

The result was the demo tape recording, released on April 98, that has only versions of great classics of the instrumental surf music. "Secret Agent Men" was recorded live on a two-track machine, in the 60's style. By the end of 97, Os Argonautas won the "Garagito" (award for the best underground artists) as the best new band of the year. One year later the local press came to the same conclusion. And meanwhile, a new change in the Argo's crew, once again on the drums: Paula gave her place to the
legendary Sergio Bolada. Os Argonautas really hope they don't have to throw him for the sharks too soon.

Now, Os Argonautas are releasing their first album. This work has 14 original themes. It was recorded on an 8-track analog machine and was produced by Gustavo Dreher, Marcelo Moreira and Regis Sam.

Extracted from Os Argonautas' site

Baden Powell - Rio das Valsas (1988)

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Baden PowellO Rio de Janeiro continua lindo. Este disco é mais uma prova. Mostra que a beleza do Rio não está somente na paisagem, nas praias, no carnaval. Tambem está nas valsas, antigas ou modernas, que os seus compositores criaram e que Baden Powell descreve com a linguagem mágica do seu violão. O Rio de Janeiro, estado de espírito, aqui revela sua face romântica. A Banerj Seguros, que desde o ano passado vem desenvolvendo um projeto cultural para homenagear a cidade e o estado em que teve origem, sente-se honrada em patrocinar esse trabalho do grande brasileiro Baden Powell – o primeiro que ele grava em nosso país, depois de tantos anos de sucesso na Europa.

Texto extraído da contra-capa do disco

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Baden PowellA valsa, gênero de andamento rápido em sua origem vienense ou moderado na versão francesa, foi trazida ao Brasil pelos nobres da corte portuguesa. Manteve a sofisticação européia durante algum tempo em saraus de famílias, até adquirir nos subúrbios cariocas, por obra e graça dos conjuntos de choro, sua definitiva forma popular. Digamos, portanto, sem rodeios, que a valsa brasileira nasceu no Rio. E o violão, sucedendo ao piano, foi o instrumento que a depurou dos ornatos de elite. Agora, decorrido quase dois séculos de transformações, o gênero é documentado neste disco especialíssimo pelas mãos de Baden Powell – o maior violonista brasileiro contemporâneo.

Escolhido o repertório final, esse artista superior, também nascido no estado do Rio de Janeiro, deu-se conta de que todos os compositores tinham idêntica origem: Pixinguinha, Freire Jr., Tom Jobim, Patápio Silva, Orestes Barbosa, Sílvio Caldas, Vinicius de Moraes e ele próprio. Intérpretes e autores vieram ao mundo pelo mesmo sol carioca ou fluminense. Nasceram e trabalharam em épocas distintas, porém mantendo em comum este modo de ser, boêmio e seresteiro como o Rio.

Vai agora esse Rio de Valsas correr pelo Brasil, no leito aberto por uma empresa carioca, a Banerj Seguros, cuja a preocupação com a cultura da comunidade em que está sediada já documentamos, em 1987, na edição do álbum "Villa-Lobos Serestas e Canções". Em 1988, os votos de feliz ano novo da Banerj, em forma de brinde musical, são formulados ao som de outra brasileiríssima serenata. Anunciando o natal, chorão bordões e primas, em substituição ao importado "Jingle Bell".

Assim é que deve ser.

Aluízio Falcão - Novembro de 1988 - texto extraído do encarte do disco

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Nas três apresentações que fez no "505" - encerrando o calendário artístico deste ao piano-bar que vem se preocupando em programar bons shows artísticos, Baden Powell, mostrou estar na melhor forma. Com seu violão Yamaha - um modelo fora de série, fabricado especialmente para ele por um luthier japonês apaixonado por sua musicalidade - Baden fez mais do que um simples show recital: desenvolveu, no espaço de 70 minutos, uma verdadeira antologia de nossa melhor música, com colocações originais a partir de choros como "Primeiro Amor" de Patápio Silva (1881-1907) a suas parcerias com Vinicius de Moraes, lembrando com estórias deliciosas. Vivendo novamente no Brasil há pouco mais de um ano, pouco saindo de sua casa na Barra da Tijuca, Baden continua a produzir músicas do mais alto nível - embora permaneçam inéditas em sua grande parte. Sua última gravação foi um elepê com valsas brasileiras, produzido por seu amigo Aluízio Falcão, originalmente destinado a ser lançado como brinde-de-fim-de-ano de uma grande empresa mas que, inteligentemente, o produtor reservou para si o selo - embora ainda sem data de ser colocado no mercado.

Baden PowellAfastado da bebida - (hoje um grande consumidor de água mineral), sempre ao lado da grande companheira e apaixonada manager, Silvinha, mãe de seus dois filhos, Philipe e Paulo, nascidos em Paris, quando ali moravam, Baden trocou uma estabilidade econômica em Baden-Baden, onde residia, na República Federal da Alemanha, para retornar ao Brasil - "com um mercado mais difícil e uma casa que precisa ser arrumada", como diz, bem humorado, a respeito dos tempos bicudos que aproveitamos. Mas é que Baden Powell D'Aquino, fluminense do distrito de Varre-e-Sai, Município de Itaperuna, 51 anos - completados no dia 6 de agosto, é um brasileiro para quem a glória, os dólares e o sucesso internacional não se comparam a vivência do Brasil, "com todos os seus problemas".

São 44 anos de estrada musical - desde que seu pai o levou a Rádio Nacional, ali conhecendo o mestre Meira (Jaime Tomas Florence, 1909-1982) seu grande professor de violão, iniciando uma carreira que o faria, ainda garoto de calças curtas, com a troupe de Renato Murce, vir pela primeira vez a Curitiba - memória que sempre recorda com alegria.

Homem de opiniões sinceras, pessimista com a falta de criatividade e de novos talentos, Baden abre uma exceção quando fala em Raphael Rebello, 27 anos, como ele, também discípulo de Meira:

- Este menino, sim, é a grande presença do violão brasileiro!

Aramis Millarch - 06/12/1988 - publicado no jornal Estado do Paraná - extraído do site Tablóide Digital
Para mais informação, visite o site Brazil on Guitar . Baden Powell

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Baden PowellAn excellent Brazilian guitarist, Baden Powell has played with his share of American jazz greats (including Herbie Mann and the late Stan Getz). But there's no jazz to be found on Seresta Brasiliera (aka Rio das Valsas or Violão em Seresta), which was recorded for the Brazilian Caju Music label in 1988 and released in the U.S. on Milestone/Fantasy in 1994. The title Seresta Brasiliera translates to "Brazilian Serenade," and an unaccompanied Powell embraces the Brazilian serenade style on personal, introspective versions of Pixinguinha's "Rosa," as well as songs he wrote with his frequent partner, the late Vinicius de Moraes (including "Velho Amigo," "Canção do Amor Ausente" and "Serenata do Adeus"). A melancholy mood defines much of the CD, and Powell's playing is often as beautiful as it is sad and remorseful. Seresta Brasiliera is an album with little optimism and plenty of soul.

Alex Henderson - extracted from All Music Guide
For more info, visit Brazil on Guitar . Baden Powell

09 março 2009

Xekerê - Martes (2000)

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Xekerê : da esquerda superior, no sentido horário: Roberto, Bruno, Andy e VitorXekerê reúne dois músicos brasileiros, um argentino e um americano, permitindo a mistura de experiências, idades, gostos, emoções, ritmos e sons. O que realmente importa é a alegria de fazer música. Nas palavras de Sonny Rollins, "música é um céu aberto" e é esse o ar que o Xekerê respira.

De Três em Três
Chorinho, maracatu e baião nos levam numa viagem desde o nordeste até os arredores do Rio.

Terça-feira
"Terça-feira" - em espanhol, Martes - homenageia a Itiberê Orquestra Nova, que ensaia todas as terçasna ProArte, escola de música em Laranjeiras, onde nos conhecemos. Também faz alusão ao terceiro CD do grupo, e às três nacionalidades dos integrantes. Concebida em volta de compassos mutantes, "Terça-feira" caminha através do tango e vai muito mais além...

Bate Papo na Rua Alice
Cariocas adoram um grande barulho. "Bate Papo..." começa num bar no Centro do Rio e meandra para Laranjeiras através de um diálogo improvisado de sax soprano e escaleta.

Carnaval
A introspecção, a reflexão, a dúvida, o silêncio fazem parte de um outro olhar do Carnaval.

O Hino
O futebol é um jogo ou um estilo de vida? "O Hino" é dedicado à equipe de Roberto, Club Atlético Independiente de Buenos Aires. Tocamos esta música em vários locais do Rio, e ela começou a ter vida própria, finalmente "explodindo" numa noite no estúdio.

Francisca nº8
Uma carta de amor do Roberto. Essa música só precisou de um take.

Cascatinha
O que mais você pode dizer sobre Pixinguinha, exceto que pode-se sentir a sua presença em todos os gêneros da música brasileira? Este ótimo maxixe sobrevive até mesmo ao nosso arranjo...

A Lua
A América Latina é uma rica fonte musical. Ritmos afro-cubanos e brasileiros se sobrepõem, se alternam, trazendo ambigüidade. Speak portunhol?

Zabumba Legüera
Itiberê chegou numa manhã de terça-feira diretamente de São Paulo, sentou-se ao piano e em poucas horas, como o próprio costuma falar: "a música veio". Foi uma experiência surpreendente e inspiradora receber este presente de um dos grandes nomas da música brasileira.

Andy Connell - extraído do encarte do disco

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Roberto RutiglianoXekerê takes two musicians from Brazil, one from Argentina and another from California, mixes their experiences, tastes, emotions, rhythms, and sounds and in the end all that matters is the pure joy of making music. In the words of Sonny Rollins, "music is an open sky", and it is this air that Xekerê breathes.

De Três em Três
Chorinho, maracatu, and baião lead us on a trek from the Brazilian northeast to the outskirts of Rio.

Terça-feira
"Terça-feira" ("Tuesday") pays tribute to the Itiberê Orquestra Nova, which rehearsesevery Tuesday at ProArte, the music school in Laranjeiras where we all met for the first time. The title also alludes to the three nationalities present in the group and to the fact that this is Xekerê's third CD. Conceived around shifting time signatures, "Terça-feira" detours through tango and points beyond...

Bate Papo na Rua Alice
Cariocas love a big noise. "Bate Papo..." (chitchat) begins at a gig in a bar in downtown Rio and meanders towards Laranjeiras by way of an improvised dialog between the soprano sax and melodica.

Carnaval
Bruno's composition presents another side of Carnival, one of introspection, reflection, doubt, and silence.

O Hino
Is soccer a game or a way of life? "O Hino" is dedicated to Roberto's team, Club Atlético Independiente of Buenos Aires. As we played this tune at various locations around Rio, it began to take on a life of its own, finally erupting one night in the studio.

Francisca nº8
Roberto's love letter to his wife. This only needed one take.

Cascatinha
What more can you say about Pixinguinha, except that you can feel his presence in just every genre of Brazilian music? This wonderful maxixe survives even our treatment...

A Lua
Latin America is such a rich resource of music. Here, superimposed Afro-Cuban and Brazilian rhythms lend "A Lua" a kind of cultural ambiguity. Fala portunhol?

Zabumba Legüera
Itiberê arrived on a Tuesday morning direct from São Paulo, sat down at the piano and in just a few short hours, as he himself would say: "the music came". It was an amazing, inspiring experience to receive this gift from one of Brazil's great musicians.

Andy Connell - extracted from the disc's booklet

Victor Biglione - Pirâmide (1986)

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Victor BiglioneNascido em Buenos Aires e naturalizado brasileiro, estudou em 1976 no Centro Livre de Aprendizagem Musical (Clam), escola de música do Zimbo Trio. No ano seguinte, viajou para os Estados Unidos, tendo freqüentado a Berklee College of Music de Boston (Massachusetts). Transita na área da música contemporânea, especialmente do jazz e do blues.

Em 1982 e 1983, fez parte do conjunto A Cor do Som, com o qual gravou o disco "Magia tropical" e foi contemplado com o Troféu Socimpro na categoria de melhor grupo instrumental de 1982. Atuou como guitarrista ao lado de vários artistas, como Ivan Lins, Gal Costa, Chico Buarque, Djavan, Milton Nascimento, Sérgio Mendes, Wagner Tiso, João Bosco, entre outros brasileiros, além dos internacionais Lee Konitz, John Patitucci, Steve Hacket (do Genesis), Andy Summers (do Police), e do grupo Manhattan Transfer.

Lançou, na década de 1980, os LPs "Pirâmide" (1986), "Baleia Azul" (1987) e "Quebra Pedra" (1989). Em 1989, recebeu o Troféu Grandes Músicos Brahma Extra e foi indicado para o Prêmio Sharp na categoria de melhor arranjador instrumental.

Em 1990, foi premiado pela Melhor Trilha Sonora, no Rio Cine Internacional Festival de Cinema do Rio de Janeiro, pela música do filme "Faca de dois gumes", de Murillo Sales. Em 1993, gravou o CD "Trilhas". No ano seguinte, lançou, com Zé Renato e Litto Nébia, o CD "Ponto de encontro" e, com Marcos Ariel, o CD "Victor Biglione & Marco Ariel Duo". Em 1997, foi novamente indicado para o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Disco de Trilha Sonora de Cinema, pelo CD "Como nascem os anjos". Ainda nesse ano, apresentou-se em Montreux, show que gerou o CD "Ao vivo em Montreux".

Em 1999, seu CD "Strings of Desire", em duo com Andy Summers (ex-integrante do grupo The Police), foi lançado no Brasil, Estados Unidos, Europa e Japão. Nesse mesmo ano, gravou o CD "Cinema acústico". Participou de trilhas sonoras para teatro, como "Uma aventura na Síria" (1990) e "Procura-se um amigo" (1990), para novelas e seriados de televisão, como "Pai herói" (1981) "Procura-se um amigo" (Rede Manchete, 1993) e "A justiceira" (Rede Globo, 1997), e para cinema, como "Dayse das almas deste mundo", "Faca de dois gumes" (1988), de Murilo Salles, "Oswaldianas" (1991), de Lúcia Murat, "Como nascem os anjos" (1996), de Murillo Sales, e "Amar" (1997), de Carlos Gregório.

Apresentou-se em televisão no show gravado ao vivo no Golden Room do Copacabana Palace (TVE, 1988), Free Jazz (Rede Manchete, 1990), "Especial Victor Biglione" (TVE, 1993), "Fantástico" (Rede Globo, 1993) e "Beau et Chaud Programme" (Televisão Canadense). Em 2000, lançou o CD "Um tributo a Hendrix". Nesse mesmo ano, realizou, com Marcos Valle e os músicos canadenses Jean Pierre Zanella (sax e flauta) Jean-François Groulx (sintetizador), Jim Hillman (bateria) e Norman Lachapelle (baixo), o show de encerramento das comemorações dos 500 anos do Brasil, em Montreal. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado, em 2003, no CD "Live in Montreal".

Em 2004, lançou , com Wagner Tiso, pela gravadora Albatroz em conjunto com o Núcleo de Comunicação da Universidade Estácio de Sá (RJ), com distribuição nacional da Trama, o CD "Tocar", registro ao vivo do espetáculo realizado pelos dois instrumentistas, contendo as canções "Expresso 2222" (Gilberto Gil), "Samba de uma nota só" (Tom Jobim), "Cravo e Canela" (Milton Nascimento) e "Sonho de um Carnaval' (Chico Buarque), entre outras. O disco teve show de lançamento na Toca do Vinicius e na Estrela da Lapa, no Rio de Janeiro.

Em 2005, apresentou-se na Casa de Cultura Estácio de Sá (RJ), ao lado de Andy Summers, em show de lançamento do CD "Splendid Brazil", no qual os dois guitarristas registraram exclusivamente músicas brasileiras. Nesse mesmo ano, deixou gravadas suas mãos na Calçada da Fama da Toca do Vinicius, em Ipanema (RJ).


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Victor BiglioneThe fusion rock guitarist/composer Victor Biglione has recorded with Andy Summers (Strings of Desire) and Marcos Ariel (Duo, Vol. 1). As sideman, he has worked with Sérgio Mendes, Wagner Tiso, Gal Costa, Ivan Lins, Emílio Santiago, Marcos Valle, Marina, and Fátima Guedes. He was involved in A Cor do Som in the early '80s and recorded his first solo album in 1986. In 1996, he wrote the soundtrack for the film Como Nascem os Anjos.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide

06 março 2009

Orquestra Brasileira de Guitarras - Amálgama (1996)

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Orquestra Brasileira de GuitarrasA Orquestra Brasileira de Guitarras foi criada por Aloysio Neves na Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, em 1986, com a proposta de analisar e por em prática diversos conceitos como atonalismo, neoclassicismo, modalismo, dodecafonismo e derivações seriais, música aleatória, jazz, free-jazz, MPB, etc.

Com seu vasto repertório e uma ótica brasileira, manifesta através de composições, arranjos e trabalhos de criação coletiva, o grupo serviu de escola e laboratório para um grande número de músicos.

A OBG fez suas últimas apresentações em 2000.

Extraído do site Wikipedia
Para mais informação, visite o site da Orquestra Brasileira de Guitarras

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Orquestra Brasileira de GuitarrasThe Orquestra Brasileira de Guitarras was created by Aloysio Neves in the University Estácio de Sá, Rio de Janeiro, in 1986, with the proposal to analyze and to put into practice diverse concepts as serial atonalism, neoclassicism, modal music, twelve-tone technique and serial derivations, aleatoric music, jazz, free-jazz, Brazilian popular music (MPB).

With its vast repertoire and a Brazilian perspective, developed through compositions, arrangements and works of collective creation, the group served as school and workshop for a great number of musicians.

The OBG made its last presentations in 2000.

Translated from Wikipedia
For more info, visit Orquestra Brasileira de Guitarras site

05 março 2009

Sivuca - Forró e Frevo (1980)

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Clique aqui para baixar o disco/Download the album - Mediafire . enviado por J. Neto

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SivucaDepois de permanecer quase 15 anos no Exterior, especialmente nos EUA. Sivuca (Severino Dias de Oliveira), paraibano de Itabaiana, 50 anos (completados dia 26 de maio último), começa a reencontrar o seu justo espaço no Brasil. Acordeonista, pianista, compositor, Sivuca é um artista de imensos recursos, que encontrou em Glorinha Gadelha, não só a companhia ideal, mas também parcerias musical: nos últimos 2 anos, sua carreira teve um excelente pique, lotando teatros, emplacando sucessos como "João e Maria", música de quase 30 anos passados, que agora com a poética letra de Chico Buarque, transformou-se em antólogia interpretação de Nara Leão.

Há 60 dias, a Copacabana lançou simultaneamente dois elepês, de Sivuca, buscando atingir faixas diferentes de públicos: "Cabelo de Milho" e "Forró e Frevo". Apelido carinhoso que seus amigos lhe deram, "Cabelo de Milho" traz o Sivuca múltiplo, executando sanfona, piano elétrico, sintetizador, cravo, piano acústico, ovation e gaita de boca. E canta, ainda, dele e de Glorinha, "Te Pego na Mentira" e "Feira de Mangaio", e com Paulinho Tapajós, "Mancho e Fêmea", "Cabelo de Milho", além do belíssimo "Estrela dos Guinais", que Fagner já havia gravado - e foi uma das mais belas músicas do ano passado. Outra faixa antológica é "Estrela Guia" (parceria com Paulo Pinheiro, lançada por Clara Nunes), enquanto "Músicos e Poetas" e "Cada um torce como pode" completam o elepê. Já "Forró e Frevo", como ele próprio define, é antes de mais nada "definição, evocação e vocação: definição porque mostra consistentemente a música de uma região carente de muita coisa, mas rica no seu conteúdo musical, cujo papel no resto do país é de quase predominância. Evocação porque me transporta retroativamente à infância e ao meu primeiro contacto com o profissionalismo musical e cujo reflexo está nas músicas 'Fava de Cheiro', 'O Baile de Bio Laurinda' e 'Dançando em Pipirituba', tendo ainda como complemento as músicas 'Forró e Frevo', 'Queixo de Cobra' e 'Frevo Sanfonado'. Quanto à vocação, é a energia que continua dentro de nós num processo criativo que se reflete por exemplo nos frevos 'Folião Ausente' e 'Gostosão' (este de autoria de Nelson Ferreira, a quem eu devo ser chamado Sivuca)".

As palavras de Sivuca, melhor do que qualquer outra adjetivação, definem a importância destes dois elepês. Indispensáveis a quem admira o trabalho de um grande músico brasileiro.

Aramis Millarch - 08/06/1980 - publicado originalmente no jornal Estado do Paraná - extraído do site Tablóide Digital
Para mais informação, visite o site do Sivuca e o site do Projeto Sivuca

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SivucaNoted composer, arranger, and accordionist, Sivuca developed a very successful international solo career after having performed with Baden Powell, Toots Thielemans, Chiquinho do Acordeon, Radamés Gnattali, Rosinha de Valença, Waldir Azevedo, Harry Belafonte, and Miriam Makeba, among many others. As a composer, Sivuca wrote the classics "Adeus, Maria Fulô" (with Humberto Teixeira), "João e Maria" (with Chico Buarque), and had hits with "Feira de Mangaio" (with his wife Glorinha Gadelha) recorded by Clara Nunes and "No Tempo dos Quintais" (with Paulo Tapajós). His partners were artists such as Paulinho Tapajós, Paulo César Pinheiro, Luís Bandeira, Armandinho, Hermeto Pascoal, and Chiquinho do Acordeon.

Having taken the accordion very early, at nine Sivuca was already playing for a living in fairs and parties. Six years later, he moved to Recife (Pernambuco), where he debuted at the Rádio Guararapes. Hired by the Rádio Clube de Pernambuco, Sivuca performed in that outing for three years, both in solo acts and as a member of its regional, switching to Rádio Jornal do Comércio in 1948. There he learned music theory with the other musicians of the orchestra and then with its newly appointed conductor, Guerra-Peixe.

Carmélia Alves, touring Recife in 1949, discovered him and brought him to São Paulo, where he backed her up in a recording that same year. In São Paulo, Sivuca was hired by the Rádio Record and in 1951, he recorded his first album with the choros "Tico-Tico no Fubá" (Zequinha de Abreu) and "Carioquinha no Flamengo" (Waldir Azevedo/Bonfiglio de Oliveira). With the international success enjoyed by the baião in the '50s and the consequent need of good Northeastern music and instrument players, Sivuca's career gathered momentum as he was the right man in the right moment and place.

SivucaStill in 1951, he accompanied Carmélia Alves on the medley "No Mundo do Baião" and recorded his second solo album with the frevo "Frevo dos Vassourinhas Número 1" (Matias da Rocha) and the baião "Sivuca no Baião" (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira). In the next year, he started to record originals with the choros "Entardecendo" and "Choro Baixo" (with Luís Bandeira), recording in the next year his baião "Feijoada." At the same time, Sivuca realized solo performances in São Paulo backed by his regional and also by the orchestras led by Hervê Cordovil and Gabriel Migliori, while he continued to perform on the Rádio Jornal do Comércio do Recife.

In 1955, he was hired by the powerful nationwide network Diários Associados to work at the Rádio and TV Tupi (Rio de Janeiro), where he stayed until four years later. In 1958, as a member of Os Brasileiros, he toured Europe in one of the Brazilian Music Caravans sponsored by the Brazilian government. The group, led by conductor Guio de Morais, performed a three-month season with the Trio Iraquitã, Abel Ferreira, Pernambuco, and Dimas. In 1959, fired by Tupi for having participated in a strike for better salaries, Sivuca moved to Europe where he performed for three months with the group Brasília Ritmos (which had Waldir Azevedo as a member). After that, he was hired by a Portuguese club and then settled in Paris, France, where he lived until 1964, recording in 1962 through Barclay the LP Rendez-Vous a Rio.

Having returned to Recife in 1964, in the same year he went to the U.S. with Carmen Costa, where he was invited by Miriam Makeba's husband/manager to join her group as a guitarist. Holding that position for four years, Sivuca became the director of Makeba's group and toured Africa, Europe, Asia, and America. Returning to New York in 1969, Sivuca directed the music and performed in the musical Joy, which opened in 1970. Having performed in San Francisco and Chicago, in live shows and on TV, in 1971 Sivuca was invited by Belafonte to join his group. Staying with Belafonte until 1975 as his guitarist, keyboardist, and arranger, Sivuca at the same time recorded solo albums in the U.S., including the praised Live at the Village Gate, where he interpreted "Adeus Maria Fulô."

Returning to Brazil in 1977, he performed a live recorded show with Rosinha de Valença at the Teatro João Caetano (Rio de Janeiro), released as the LP Sivuca e Rosinha de Valença. In 1978, he had another hit with "João e Maria" in the recording realized by Chico Buarque and his sister Miúcha. Six years later, Sivuca recorded another memorable LP, this time shared with Chiquinho do Acordeon and with the participation of Radamés Gnattali, Sivuca e Chiquinho. In the next year, he recorded three albums in Sweden, with Chiko's Bar/Sivuca e Toots Thielemans deserving especial mention. During the '80s and '90s, his schedule slowed somewhat, although he recorded an important LP with Rildo Hora in 1987 (Sanfona e Realejo) and performed with Baden Powell in Paris in 1997.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide
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02 março 2009

Sambrasa Trio - Em Som Maior (1965)

Capa do disco
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Hermeto PascoalO Sambrasa Trio foi uma das mais interessantes formações da fase áurea do samba-jazz. Formado por Hermeto Pascoal (piano), Humberto Clayber (baixo) e Airto Moreira (bateria), fundia elementos de samba, jazz, batidas afro e até rock. Despontava ali a criatividade absoluta de Hermeto, com seus acordes repletos de nuances harmônicas inusitadas.

Neste disco, o baixo de Clayber surgia ainda mais vigoroso que nos trabalhos com o Sambalanço Trio e o Sambossa/5. Já Airto tirava da bateria sons furiosos, ao melhor estilo do rock’n’roll. No repertório, entre outros temas, Sambrasa (Airto), Aleluia (Edu Lobo/Ruy Guerra), Duas Contas (Garoto), Arrastão (Edu Lobo/Vinícius de Moraes), Coalhada (Hermeto Pascoal) e João Sem Braço (Clayber).

Toninho Spessoto - extraído do JC OnLine

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Airto MoreiraA rarely early bossa recording from Hermeto Pascoal -- heard here on both piano and flute, and working in a pre-Quarteto Novo trio alongside a young Airto Moreira on drums! The sound is much more conventionally bossa than any of Hermeto's later work -- but still filled with a tremendous sense of fluid grace and invention -- a markedly different mode than some of his contemporaries of the time, and a sound that really hints at the genius to come. Airto's totally great too -- hitting the drum kit in all sorts of unusual ways, and already demonstrating a strongly melodic approach to percussion. The last member of the group is bassist Humberto Clayber, who also plays a bit of cool harmonica -- and titles include "A Jardineira", "Clerenice", "Duas Contas", "Arrastão", "Sambrasa", "Aleluia", and "João Sem Braço".

Extracted from Dusty Groove
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