19 fevereiro 2009

Hélio Delmiro - Emotiva (1980)

Capa do disco
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Hélio DelmiroO violonista Hélio Delmiro de Souza, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 20 de maio de 1947. Carioca do Méier, Delmiro ainda adolescente, começou a dedilhar um cavaquinho que ganhou de seu irmão Juca. Carlos, seu outro irmão, pianista e professor de violão, influenciou seu gosto pela música.

Aos 14 anos, entusiasmado pela bossa nova, dedica-se inteiramente ao violão. Autodidata, aos poucos foi apurando a sua técnica e começou a integrar o conjunto de Moacyr Silva, trabalhando em bailes e excursionando pelo Brasil. Em 1965 formou o grupo Fórmula 7, que contava com Claudio Caribé, Márcio Montarroyos, Luizão e animava os bailes da Zona Norte e tocava um pouco de jazz nos intervalos.

Nas reuniões dominicais do Little CIub, conheceu Victor Assis Brasil, com quem trabalharia em seus grupos de jazz. Em meados da década de 60 passa a ser requisitado por estrelas como Elizete Cardoso, Marlene, Elza Soares, Miltinho e Dóris Monteiro e pelos maestros Nelsinho e Carlos Monteiro de Souza. Passou três anos com Elis Regina, gravando com a cantora e Tom Jobim nos Estados Unidos e participou de um especial para a TV com Michel Legrand.

Em 1970 tocou com Luiz Eça e com os jazzmen Paul Horn, Jeremy Steig, Dave Grusin e Lalo Schifrin, sendo considerado pelo último o melhor guitarrista da América do Sul. Estudou algum tempo música erudita com o propósito de desenvolver sua técnica instrumental.

Produziu os álbuns de Clara Nunes (Claridade) e João Nogueira (Vem Quem Tem) em 1975 [veja os comentários para mais informações]. Tocou em duo com Luiz Eça em 1978 no Festival de Jazz de São Paulo, sendo considerado por Larry Coryell e Leonard Feather um artista de categoria internacional.

Na década de 80, gravou um belíssimo disco, "Samambaia," junto com o pianista César Camargo Mariano. Identificado como guitarrista de jazz, Hélio prefere se definir como músico brasileiro. Lançou seu segundo álbum solo, "Chama", gravado em 1984, pela Som da Gente.

Depois, por motivos pessoais e espirituais, Delmiro se retirou da vida noturna, vivendo uma fase mais reclusa. Mas isso não foi impedimento para em 1991 gravar o álbum "Romã: Hélio Delmiro in Concert," com um quarteto que contava com Rique Pantoja (piano e teclados), Nico Assumpção(baixo elétrico) e Carlos Bala (bateria).

Em 1991, ele começou a produzir e apresentar um programa de jazz na Rádio Record (Rio), Jazz Entre Amigos. Naquele ano, fundou também o selo, Lines Records, sendo seu diretor, por onde lançou "Romã", gravado na Cecília Meirelles Hall, no Rio.

O seu currículo acadêmico inclui o professor titular no XVI e XVII Seminário Internacional de Verão ( Faculdade de Música de Brasília, 1994/1995), e professor no Seminário de Violão Latino-americano, no Festival de Inverno de Campos de Jordão (1995). Seu encontro com o violonista Guinga, em 1996, foi premiado como o Melhor Espetáculo Instrumental do Ano pelo O Globo.

Ele foi diretor musical e tocou no concerto, Tributo a Elis Regina, em 1998, no Town Hall theater, em Nova Iorque. Também naquele ano, ele trouxe o maestro e pianista Clare Fischer com quem ele tocou um duo, no SESC Pompéia (São Paulo, SP).

No ano seguinte, ele tocou novamente com Fischer, no Jazz Bakery, na Califórnia, também gravando com ele o CD Simbiose, que inclui dois standards americanos, duas músicas de Tom Jobim, e nove originais, cinco de Delmiro e quatro de Fischer.

A última obra de Delmiro é "Compassos", lançada em 2004, onde ele mesclou músicas de sua autoria, como "Compassos" e "Esperando", com standards americanos, como "My Favorite Things" e "'Round Midnight".

Extraído do site Clube de Jazz

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Hélio DelmiroHélio Delmiro is a refined, self-taught musician who developed a distinctive Brazilian jazz style on the violão (acoustic guitar), taking the guitar mostly when amplification is needed. He has worked with many a great international names in jazz and popular music in general, and has been praised by great critics and jazz journalists as well.

He started his apprenticeship when he was given a cavaquinho by his brother, Juca. His other brother, Carlos, a piano a violão player, helped shape his relationship with music. In 1961, at 14, he became a professional musician, accompanying singers and playing at dances wherever possible. Joining Moacyr Silva's group, he toured Brazil with them. At 19, he formed the Fórmula 7 Quartet with Cláudio Caribé (drums), Luizão Maia (bass), and Márcio Montarroyos. They played at suburban dance parties mostly, and during the intervals they risked to play some jazz. The precarious situation of the average musician, though, impeded them from keeping their collective work, and the quartet disbanded after one year. But he continued to play his jazz at Rio's jam sessions and at one of those, at Little Club, he met the great Brazilian saxophonist Victor Assis Brasil. Joining his group, he recorded Brasil's second album, Trajeto. The next year, he joined Antônio Adolfo's group Conjunto 3D. In that time, he was already known in the artistic environment of Rio and began to be requested by already established singers as an accompanist for shows and recordings.

He toured with Clara Nunes for several years and accompanied her on all her recordings. He also worked for Elizete Cardoso, the super-popular Marlene, Elza Soares, Miltinho, Milton Nascimento, and Dóris Monteiro, and for conductors Nelsinho and Carlos Monteiro de Souza. With Elis Regina, he toured for three years through Japan, Europe, and several Latin American countries. With her and Tom Jobim, he recorded the Elis e Tom album in the U.S. In that time, he appeared on a TV special show with Michel Legrand.

When Sarah Vaughan came to Brazil in the '70s to record an album only with Brazilian compositions, he worked on that album. She was so amazed at his playing that she invited him to join her band in the U.S., but he couldn't, due to his already busy schedule. His solo album Emotiva is from 1980. He also recorded for Michael Franks.

As a producer, he did Nunes' Claridade and João Nogueira's Vem que Tem. He also played with Paul Horn, Jeremy Steig, Dave Grusin, and Lalo Schifrin. The latter declared that Delmiro was the best guitarist of South America. In 1978, he appeared at the First Montreux/SP Festival in a duo with Brazilian pianist Luis Eça and in a trio with Larry Coryel and Philip Catherine, being praised by Leonard Feather. Down Beat magazine ranked him as the world's fifth best guitarist. He also appeared at the 1982 Jazz Fest Berlin, with Charlie Haden, Carla Bley, Paul Motian, and others, and at the First Free Jazz Festival in Brazil, with his own group.

His second solo album Chama, from Som da Gente label, was recorded in 1984. He also performed at the 1986 Jazz Festival of Spain with César Camargo Mariano and Paulo Moura. With César Camargo he recorded in 1980 the exquisite album Samambaia (just piano and violão). In 1991, he began to produce and host a radio jazz show at Rádio Record (Rio), Jazz Entre Amigos. In that year, he also founded Line Records label, also directing it, and recorded the live effort Romã at Cecília Meirelles Hall in Rio.

His academic profile includes head professor for XVI and XVII International Summer Seminar (Brasília College of Music, 1994/1995), and professor of Latin American Acoustic Guitar Seminar, Winter Festival of Campos de Jordão (1995). His encounter with violonista Guinga, in 1996, was awarded as Best Instrumental Show of the Year by O Globo. In 1998, he was musical director and a performing musician at the tribute concert Tributo a Elis Regina at the Town Hall Theater in New York. Also in that year, he brought the conductor and pianist Clare Fischer with whom he performed in duo at the SESC Pompéia (São Paulo, SP). In the next year, he performed again with Fischer, at the Jazz Bakery in California, also recording with him the CD Symbiosis, which includes two American standards, two Tom Jobim standards, and nine originals, five of Delmiro's and four of Fischer's.

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide

3 comentários:

mvcosta disse...

Hélio Delmiro - "Emotiva" (1980 - EMI Odeon 066 748372 1)

1. Marceneiro Paulo
(Hélio Delmiro)

2. Esperando
(Hélio Delmiro)

3. Epistrophy
(Thelonius Monk / Kenny Clarke)

4. Body and Soul
(Heyman / Sour / Green / Eyton)

5. Pro Zeca
(Victor Assis Brasil)

6. Emotiva Nº 1
(Hélio Delmiro)

7. Tarde
(Milton Nascimento)

8. Waltzin'
(Victor Assis Brasil)


Hélio Delmiro: violão, guitarra
Jota Moraes: vibrafone
Luiz Avellar: piano, teclados
Pascoal Meirelles: bateria
Paulo Russo: baixo

participação especial:
Danilo Caymmi: flauta [2]

Direção de produção: Maurício Quadrio
Produção executiva: Victor Assis Brasil e Maurício Quadrio
Técnicos de gravação: Roberto Castro e Serginho
Técnicos de mixagem: Nivaldo Duarte e Franklin
Corte: Osmar Furtado
Fotos: Milton Montenegro
Fotos dos músicos: Reynaldo L. Assunção e José Carlos Viegas
Coordenação gráfica e capa: Tadeu Valério

Anônimo disse...

Retificando errônia informação:
Na verdade não tive coordenador nos citados projetos.
Fui convidado diretamente por Clara Nunes à produzir o album "claridade", em razão da mesma encontrar-se sem produtor naquela ocasião.Após reunião entre Clara e a Diretoria da empresa, acharam por bem que eu seria a pessoa indicada, capaz de dar continuidade ao trabalho fonográfico da cantora.
Consequentemente, assumi também a produção do LP "Vem Quem Tem", de João Nogueira,que encontrava-se na mesma situação.
Este,de relevante importâcia na carreira do cantor.
Nó na Madeira, Albatrozes, entre outros sucessos contidos neste álbum, impulsionaram decisivamente, a trajetória bem sucedida do saudoso artista.
Claridade (Clara Nunes), é simplesmente "RECORD" de vendas de todo o suplemento da artista.
Eis aí, um trabalho muito além de uma simples e mal explicada coordenação(???).

"Vivo logo existo"

Abs!

Jorge Ramiro disse...

Hélio Delmiro é um dos melhores músicos de jazz que eu conheço. Eu vi um de seus shows, e eu posso acreditar que ele tem a capacidade natural de tocar guitarra. Ele faz a palestra de guitarra, o diálogo com a música. É verdadeiramente impressionante. Eu o vi em eotica, eu acho, foi para acompanhar uma pessoa que precisava de comprar oculos.

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