11 outubro 2006

Vários Artistas - Arranjadores (1992)

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Nelson AyresEste volume apresenta uma parte do projeto com o trabalho de 6 arranjadores com a Banda Savana e Orquestra Jazz Sinfônica.

Cipó [faixas 1 a 4] (Orlando Silva de Oliveira Costa): Instrumentista, arranjador e regente, nascido em Itapira-SP em 1922. Seu trabalho como arranjador tornou-se conhecido do grande público como regente da orquestra do programa Um Instante Maestro, de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, onde trabalhou 15 anos como diretor musical. Cipó foi depois para a TV Globo, como produtor musical.

Animou por diversos anos famosas gafieiras e estudantinas no Rio de Janeiro. Começou a estudar música aos 10 anos e logo foi tocando clarinete na banda de sua cidade.
Com 18 anos mudou-se para a capital e passou a tocar sax tenor na Orquestra Nicolino e Ferri. Tornou-se músico profissional complementando seus estudos com cursos de harmonia, regência e orquestração.

Gravou 4 LPs de Bossa Nova para o selo inglês London e um disco com o saxofonista Dizzy Gillespie, de quem sempre guardou a lembrança de rasgados elogios.

Cyro Pereira [faixa 9] (Círio Marín Pereira): Regente, compositor, arranjador e instrumentista, nascido em Rio Grande-RS em 1929. Tornou-se verbete obrigatório na MPB a partir de seus arranjos e direção musical de programas como o Fino da Bossa, Show do Dia 7 e de espetáculos de entrega do troféu Roquete Pinto.

Entre 66 e 78, Cyro recebeu diversos prêmios, principalmente no exterior. De 80 a 88, trabalhou como arranjador de peças publicitárias e a partir de 88 começa a lecionar na Unicamp. No ano seguinte é convidado para montar a Orquestra Jazz Sinfônica, da qual ainda é regente.

Cyro iniciou seus estudos aos 11 anos. Depois de trabalhar como pianista da Radio Record, em 52 fez seu primeiro arranjo para disco, o choro Pega Morena (Hervé Cordovil). O trabalho na Radio Record, onde ficou mais de 10 anos coroado com diversos prêmios como maestro, compositor e arranjador, foi consagrado com o convite para a direção musical dos principais programas da TV Record, emissora que se tornou campeã de audiência na década de 60.

Nelson Ayres [faixa 12] (Nelson Luiz Ayres de Almeida Freitas): Arranjador, instrumentista e regente, nascido em São Paulo em 1947. Ganhou um acordeon aos 7 anos. Estudou piano com o húngaro Paul Urbach. Nos anos 70 atuou na São Paulo Dixieland Band e formou-se em piano e orquestração na Berklee College of Music, em Boston-EUA, onde fundou o grupo Os Cinco, para acompanhar Astrud Gilberto.

Suas primeiras aparições como arranjador e orquestrador ocorreram em discos de Toquinho e Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Edu Lobo, Paulinho Nogueira, Simone e Roberto Carlos, entre outros.

Destaca-se também como compositor de temas instrumentais. Nelson já compôs obras para a Orquestra Sinfônica de Campinas e Orquestra Experimental de Repertório. Gravou seu primeiro disco em 79, mesmo ano em que participou como organizador, solista e músico acompanhante do I Festival de Jazz de São Paulo. É fundador do consagrado grupo Pau Brasil, grupo de excursões regulares pela Europa e Japão com o qual já gravou, 3 discos.

Em 85, co-realizou o projeto Prisma, disco e show com César Camargo Mariano, que fez turnê de 2 anos pelo país, um recorde entre espetáculos instrumentais. Nos últimos anos, além de concertos solos e em duos, Nelson é visto à frente da Orquestra Jazz Sinfônica e com seu trio e convidados.

Moacir Santos [faixas 5 a 8]: Arranjador, saxofonista, regente e professor, nascido em Bom Nome-PE, em 1926. "What is new? Moacir Santos is new". Essas frases corriqueiras na década de 70 na Califórnia traduziam o reconhecimento do talento de Moacir Santos no mercado americano, sem exageros. Tinha prestígio no meio musical por reunir técnica e inspiração. Ele aprendeu a tocar participando da banda de sua cidade natal.

Cyro Pereira - por Ricardo MiglioriniFoi para o Rio de Janeiro em 1948 e logo se empregou no Brasil Danças, um dancing. Três meses depois entrou para a orquestra da Radio Nacional, primeiro como saxofonista, depois como maestro. Permaneceu nestas funções por 18 anos. Nesse período estudou teoria musical com o maestro Guerra-Peixe e com o professor Hans Joachim Koellreutter, tornando-se seu assistente.

Foi professor de Paulo Moura, Baden Powell, Nara Leão, Carlos Lyra, Nelson Gonçalves, entre outros. Com a trilha do filme Amor no Pacífico, recebeu do Itamarati uma passagem para os EUA, onde fixou residência. Morou em Pasadena, onde deu aulas e tocou, até ser descoberto pelo pianista Horace Silver. Gravou então seu primeiro disco naquele país, o LP The Maestro, em 1972, pelo selo Blue Note, que foi indicado para o prêmio Grammy. Participaram Joe Pass, David Dulke e Frank Rosolino. Seguiram-se outros 3 discos.

Em 1985, quando tocou no Brasil pela última vez, foi homenageado junto a Radamés Gnatalli no Free Jazz Festival, quando foi escolhido, em razão de uma enquete realizada junto aos profissionais no Rio de Janeiro.

Duda do Recife [faixa 10] (José Ursicino da Silva): Regente, compositor, arranjador e instrumentista, nascido em Goiana-PE, em 1935. É o representante da linha mais festiva e incendiária de nossos arranjos. Duda, além de arranjador, compôs choros, sambas, uma série de frevos e várias outras obras de frequência regular no repertório de bandas de todo o país.

Ele começou a estudar música aos 8 anos. Logo integrou a banda de sua cidade natal, onde interpretou Furacão, um frevo, sua primeira composição. Aos 15 anos mudou-se para o Recife. Integrou a Jazz Band Acadêmica e a Orquestra Paraguari, da Radio Jornal do Comércio.

Em 1953, já como regente e arranjador da Paraguari, classificou seu frevo Homenagem à Princesa Izabel em segundo lugar, no Festival de Música Carnavalesca. Nesse ano assumiu a direção do departamento musical da TV Jornal do Comércio. Na década de 60 fez cursos de música sacra e regência, compôs para peças teatrais e integrou a Orquestra Sinfônica de Recife (tocando oboé e corne-inglês), até formar sua própria orquestra para incendiar salões, que foi eleita várias vezes como a melhor do ano.

José Roberto Branco [faixa 11]: Instrumentista, regente e compositor, nascido em Pederneiras-SP, em 1938. O Maestro Branco estava fazendo o curso de prática e teoria musical quando foi contratado, em 1968, como arranjador, pela casa O Beco, em São Paulo. O lugar foi ponto de encontro dos mais criativos compositores da MPB.

Duda do RecifeParalelamente, desenvolveu um trabalho de pesquisa sobre a música folclórica dos indígenas, dos jesuítas e das raízes afro, que se estendeu até 1984. De 1975 a 1978, atuou como maestro, coordenador e arranjador em diversos programas da TV Tupi. Também teve participação instrumental e na elaboração dos arranjos em vários discos, trilhas sonoras e jingles. Em 1985 assumiu a direção da orquestra do Festival dos Festivais, na TV Globo.

Esteve no início de 1992 nos EUA onde, a convite de bandas locais, realizou diversos arranjos. Gravou 2 discos com a Banda Savana, da qual foi o criador.

O projeto Memória Brasileira apresenta os arranjadores como principais figuras do espetáculo. Obras inéditas ou de rara execução finalmente são mostradas em público, com o merecido destaque, a maioria delas regida e executada pelos próprios criadores. Nossa tradição orquestral é reapreciada, estimulando o início de um processo de reaproveitamento real de nossos músicos. Mais de 200 instrumentistas executam cerca de 50 peças de 18 arranjadores em seis etapas. Compõe-se um painel de quase sete décadas de nossa produção musical, das orquestras de cinema mudo às novas formações que incluem até sintetizadores. Entre essas e tantas outras considerações, a série Arranjadores foi criada para oferecer ao público a verdadeira música brasileira.

Arranjadores foi pensada também como mostra de pesquisa de obras do passado e do presente. Como não poderia deixar de ser, a idéia cresceu e passou a refletir nossa riqueza musical. Arranjadores dá ao público a oportunidade de conferir o papel desse profissional. Um papel tão importante que sua tarefa pode ser confundida com a do compositor. Não surpreende que os grandes arranjadores sejam também grandes compositores, como foi o próprio Radamés Gnatalli, Pixinguinha, Moacir Santos, Maestro Branco e tantos outros. Esta série torna possível a observação de sua criatividade como ítem decisivo na evolução da MPB. Mostrar os mais variados estilos foi o que norteou a seleção.

Extraído do site Café Music
Para mais informação, visite o site do Projeto Memória Brasileira

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Moacir Santos - by Agliberto LimaThe Projeto Memória Brasileira (Brazilian Memory Project) was founded in 1987 by the researcher and producer Myriam Taubkin together with the pianist Benjamim Taubkin and also Morris Picciotto. The project's intention consists on the documentation and registration of the history of Brazilian instrumental music.

The first project of the series was put on in the same year the BMP was founded. It was dedicated to the pianists and entitled "Memories of the Brazilian Piano". So far, they have put out the following projects, each one consisting of a CD, a book, and, the newest ones, a DVD: "Guitars of Brazil" (1989), "Arrangers" (1992), "Brazilian Violeiros" (1997), "Brazilian Percussionists" (1999), "Brasil of the Accordion" (2002), and "A Brazilian Wind" (2004).

For more info, visit Projeto Memória Brasileira

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, você poderia repostar o link da banda Savana? abraços

Ramiro disse...

Olá, você poderia repostar esse disco arranjadores (1992). Valeu!

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