07 agosto 2006

Andy Summers & Victor Biglione - Strings Of Desire (1998)

Capa do disco
Clique aqui para baixar o disco/Download the album - Mediafire . enviado por J. Neto

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Andy Summers e Victor BiglioneArgentino naturalizado brasileiro, ex-integrante do grupo A Cor do Som, compositor, arranjador e um dos maiores guitarristas do país, Victor Biglione está lançando o CD Splendid Brazil em dupla com o guitarrista inglês Andy Summers, ex-The Police. Um encontro entre o latino e o britânico, o emocional e o racional, que deu mais do que certo.

Splendid Brazil é o que se costuma chamar de um “discaço”. A dupla já havia gravado junto, em 1998, o CD Strings of Deside, com músicas brasileiras e internacionais. Desta vez, no entanto, o repertório é todo “made in Brazil”. São 11 faixas, todas instrumentais, em que a bossa nova, cartão de visitas da música brasileira no exterior, acabou naturalmente prevalecendo, embora em arranjos totalmente distintos do clima banquinho-e-violão à lá João Gilberto. Empunhando violões de aço de 6 e 12 cordas, Victor Biglione e Andy Summers criaram uma verdadeira sinfonia, tamanha a variedade rítmica, a riqueza de detalhes e a harmonia presentes em cada nota.

Tom Jobim aparece cinco vezes, duas em composições solo – Chovendo na Roseira e Fotografia – e três com seus famosos parceiros: Chico Buarque, em Retrato em Branco e Preto; Aloysio de Oliveira, em Inútil Paisagem; e Vinicius de Moraes, em Lamento. Edu Lobo vem a seguir no “ranking”, com duas músicas: Casa Forte e Vento Bravo (com Paulo César Pinheiro). Completam o repertório Cartola (As Rosas Não Falam), Marcos Valle (Campina Grande), Laurindo de Almeida (Brasiliance) e Hermeto Pascoal (O Ôvo).

Confira a entrevista com Victor Biglione, que, além de ser um excelente guitarrista, sabe tudo de música e é bom de papo. Na primeira parte da conversa, ele fala sobre a parceria com Andy Summers. Na segunda, os assuntos são preferências musicais, o panorama da música mundial e o disco que Biglione gravou com Cássia Eller, até hoje inédito.

Como você conheceu o Andy Summers?
Quem deu a dica foi o produtor Luiz Paulo Assumpção, que já conhecia o Andy Summers. Ele me disse: “você tem que tocar com o Andy!”. Na época eu já estava tocando violão de aço. O Luiz insistiu para que eu mandasse ao Andy um disco meu com o Marcos Ariel. Não levei muita fé, mas mandei. Ele adorou e quis tocar comigo.

Quando surgiu a oportunidade de gravar com ele?
Em 1997 ele veio ao Brasil e nós fizemos alguns shows juntos, aqui e na Argentina. Deu tão certo que resolvemos fazer um CD em 98, o Strings of Desire, em que misturamos músicas brasileiras e standards do jazz. Fizemos duas excursões com esse disco.

E o novo CD, como surgiu?
Em 2002, eu fui para os Estados Unidos e levei umas 30 músicas que ficariam legais para gravarmos. Selecionamos 11 e o disco ficou pronto naquele ano mesmo. Por um problema de desencontro de projetos pessoais, só estamos lançando agora. O disco está saindo lá fora também, pelo selo do Steve Vai. É legal pegar um rock star e fazer um disco de música brasileira. Isso me deixa feliz.

Victor BiglioneQuando você mostrou aquelas músicas ao Andy, o que ele conhecia? Qual é o conhecimento dele de música brasileira?
O inglês é um povo muito preparado. Não é à toa que o Police foi muito bom. Para ser um roqueiro, não adianta ir à boutique, comprar uma roupa preta e pôr tatuagem. O Andy Summers é um grande músico, que conhece tudo de Tom Jobim e estudou Villa-Lobos quando era garoto. Ele adora Pixinguinha e conhece bem a bossa nova, que é a música brasileira mais difundida lá fora. Mas eu apresentei a ele muita coisa que o deixou encantado, como Hermeto Pascoal, Marcos Valle e Paulo Bonfá.

Das músicas que ficaram de fora, teve alguma que você lamentou não ter incluído?
Teve: Paula e Bebeto, do Caetano e do Milton. Ele achou que não ficou boa. Na verdade ficou ótima, mas não consegui convencê-lo disso. Mas, no geral, a escolha do repertório foi rápida. Levou apenas uma semana e depois gravamos.

Andy SummersHouve dificuldade por parte dele em tocar alguma música?
O fato de o Andy conhecer bastante o Tom ajudou. Por isso ele foi o nome mais gravado. Já com o Edu Lobo ele teve alguma dificuldade, porque é muito sofisticado.

Em que você acha que um contribuiu para a carreira do outro?
Eu sou latino e ele é inglês. Um é mais calculista e o outro, mais emocional. Acho que ele pegou esse meu lado latino e eu aprendi a ser mais cerebral. Foi uma troca positiva. Pudemos consolidar nossa amizade.

Você é muito conhecido pelo lado jazzístico. Qual é a sua relação com o rock?
Adoro rock, sei tocar blues. Gosto muito do Police e da carreira solo do Sting. Estudei música e adoro música em geral: jazz, bossa nova, rock. Acho que o Led Zeppelin é comparável aos Beatles. Miles Davis não é melhor do que os Beatles. Bach não é melhor que Rolling Stones. Do Brasil, gosto dos Mutantes e do Barão Vermelho na época do Cazuza. Só não levo o pop-rock nacional muito a sério. Não é a melhor coisa que se faz por aqui. Mas é uma música mais digerível, em que as gravadoras apostam. A música instrumental brasileira é muito melhor.

Você tem um disco inédito com a Cássia Eller, não é?
Sim, é um disco maravilhoso, mas que está engavetado. O Nando Reis é quem cuida do legado dela e que pode decidir. É um disco de blues, em que fiz todos os arranjos. Esse era o lado da Cássia que eu mais gostava. Depois veio Tênis All Star e essas coisas de mercado. Adoraria que as pessoas ouvissem o disco e aprendessem como se faz cover de verdade. Tocamos Hoochie Coochie Man, Got to Get into My Life e outras. Esse show que fizemos no Jazz Mania, no início dos anos 90, ajudou a projetar a Cássia.

Você é guitarrista, mas neste disco toca violão de aço, assim como o Andy. Abandonou a guitarra?
Nos meus três últimos trabalhos eu tenho tocado violão de aço. Estou valorizando mais esse instrumento, como solista. O Brasil é o país do violão de nylon, e lá fora eles usam muito o de aço. Foi muito bom, neste disco, casar os dois violões de aço.

Com tanta experiência no exterior, principalmente depois dessa parceria com o Andy Summers, como você analisa o mercado de música no Brasil em comparação com o restante do mundo?
É um panorama semelhante. Na música pop, hoje, destaco poucas pessoas: o Sting, o Seal, o Lenine, a quem conheço desde os anos 80. Admiro a mistura que ele faz de elementos eletrônicos e acústicos. Acho que o mundo passou a visar demais ao dinheiro. Já passou dos limites. Um disco tem que vender logo, não interessa o que fica, o legado, a qualidade. A juventude hoje está parecida no mundo todo. É tudo muito raso. Existe uma preocupação excessiva com a aparência.

Marcos Paulo Bin - extraído do site Universo Musical
Para mais informação, visite o site do Victor Biglione

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Andy Summers e Victor BiglioneAndy Summers (former member of the Police) and Brazilian guitarist Victor Biglione teamed for the first time to record this acoustic album. In this context, Biglione sounds a lot more acceptable than in his regular electric pop act. The repertoire is the strongest point here, with compositions by Egberto Gismonti, Jobim, Brubeck, Gillespie, and other great composers. They fortunately recognize the importance of including some delicate arrangements that surpass in expression any empty attempt of virtuosity, which nevertheless shows its face here and there. In spite of the choice of jazz standards, the solos are not jazz solos, rigorously speaking, but jazz-inspired solos. Jazz fans may have limited interest in this release, which may appeal to those who like good, non-abusive commercially instrumental pop music. Not revolutionary music, but interesting as it is. Some Brazilian rhythms, like Egberto's frevo and the samba rendition for Gillespie's "Night in Tunisia" (simplified as 4/4 time signature).

Alvaro Neder - extracted from All Music Guide
For more info, visit Victor Biglione's site

6 comentários:

Anônimo disse...

Thanks for the music!

Anônimo disse...

Não conhecia este disco. È excelente, aconselho baixar.

Anônimo disse...

O VICTOR BIGLIONE ouvi num especial do EUMIR DEODATO, o que falar dessa pessoa maravilhosa e seu som encantador

Peter disse...

This is a wonderful blog, with a lot of new names for me, as well as a few familiar (and welcome) musicians.

A great way to sample things I don't know ....

Muit' obrigad'! :)

Peter (de Londres)

J. Neto disse...

Andy Summers & Victor Biglione - Strings Of Desire (1998)

http://www.mediafire.com/?92x5i1oaywoe3r5

J. Neto disse...

Andy Summers & Victor Biglione - Strings Of Desire (1998)

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