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Filho de uma violinista da Orquestra do Teatro Municipal do Rio, carioca de Santa Teresa, aquariano da classe de 47, o pianista Adolfo aos 16 anos já pertencia ao fechado clube da bossa-nova acantonado no Beco das Garrafas, à frente de grupos como o Samba a Cinco e o Trio 3-D. No último, ele participou da peça musical "Pobre Menina Rica", de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, e começou a acompanhar ases do setor. Mas a partir de 1967, em dupla com o letrista Tibério Gaspar, Adolfo, o compositor, transformou-se num dos detonadores da ala da toada moderna, que produziu sucessos como Sá Marina e Juliana.
Ao mesmo tempo, pilotando o grupo Brazuca, instaurou um tônus de modernidade eletrônica no pop da época (Teletema, Ana Cristina) até desaguar na autopista abrasiva da BR-3, que causou polêmica e sacudiu as estruturas festivalescas. Integrante da banda que acompanhou Elis Regina em duas excursões à Europa, um estágio com a erudita Nadia Boulanger, em Paris (além dos aperfeiçoamentos com os brasileiros Guerra Peixe e Esther Scliar), Antonio Adolfo estava pronto para mais um grande salto.
Em 77, num ato de coragem e pioneirismo, lançava o disco "Feito em Casa" em seu próprio selo Artezanal. Era o pontapé inicial de uma tendência libertária, a do disco independente, que motivaria o aparecimento de artistas divergentes das leis do mercado tradicional.
Adolfo gravou neste sistema tanto material próprio (até música para crianças, a peça "Astro Folias" e "Passa Passa Passará") quanto promoveu revisões de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, de pianeiro para pianeiros. Era o sinal de que como intérprete (vide sua incrível participação no III Free Jazz, no comando de três módulos de diferentes escolas da música instrumental), ele atingiu uma posição rara: a do criador contemporâneo que domina a linguagem da atemporalidade (Tárik de Souza).
Desde 1985, Adolfo vem se dedicando a sua escola de música, o Centro Musical Antonio Adolfo, além de participar em eventos internacionais como músico e educador, sem deixar de lado sua carreira como intérprete. Recebeu dois Prêmios Sharp por seus trabalhos "Antonio Adolfo" e "Chiquinha com Jazz", respectivamente.
Como autor de material didático, lançou no Brasil sete livros pela editora Lumiar, além de um video-aula e dois livros sobre música brasileira no exterior. Durante oito anos foi o representante do IAJE (International Association For jazz Education) para a América Latina.
Recentemente Antonio Adolfo voltou a se apresentar com mais frequência em shows, seja em formato piano solo ou em grupo. De uma de suas apresentações com a filha Carol Saboya, em uma Universidade dos Estados Unidos, nasceu seu mais recente trabalho em CD, lançado no Brasil e no Exterior: "Antonio Adolfo & Carol Saboya Ao Vivo/Live".
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Antonio Adolfo was an important composer, having written songs recorded by Nara Leão, Marisa Gata Mansa, Ângela Rô Rô, Dóris Monteiro, O Grupo, Wilson Simonal, Geraldo Vespar, Leci Brandão, Emílio Santiago, Beth Carvalho, and Sérgio Mendes & Brasil '66, among others. Adolfo also had a noted role in the process of making important music available through independent production, through the creation of the pioneer independent label Artezanal. His recordings of important and almost-forgotten composers of the belle époque, like Chiquinha Gonzaga and João Pernambuco, are noted cultural initiatives. As an arranger, he worked for Leci Brandão, Ângela Rô Rô, Elizeth Cardoso, Emílio Santiago, Fátima Guedes, Marcos Valle, Mongol, Nara Leão, O Grupo, Ruy Maurity (his brother), Sueli Costa, Vinícius Cantuária, Rita Lee, Zezé Motta, and others.
The son of Yolanda Maurity, a music teacher and violinist of the orchestra of the Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Antonio Adolfo began to study music very early. At seven, he began his violin studies with Paulina D'Ambrozzio. At 15, he took up piano, studying with Ayrton Vallim. In 1963, he joined the group Samba Cinco, which performed in the famous Beco das Garrafas on Rio's 52nd street. In 1964 Adolfo was invited by Carlos Lyra and Vinícius de Moraes to be a musician for their play Pobre Menina Rica (at Teatro de Bolso), beginning to accompany important names of MPB. Adolfo formed the group 3-D for that gig, and continued to perform with it until 1968, having recorded four LPs. In that year, he became acquainted with Tibério Gaspar, with whom he wrote important songs such as "Juliana," "Sá Marina," "Teletema," and "BR-3." "Caminhada" made it to the finals of the II FIC, 1967. The next year, Wilson Simonal recorded "Sá Marina" with success. In that year "Visão" was included in the III FIC.
In 1969 Adolfo accompanied Elis Regina in her tour through Europe. Back to Brazil in the same year, he wrote music for soap operas and participated in the IV FIC (1969) with "Juliana" (written with Tibério). The song was defended by Adolfo's group A Brazuca, and took second place. With that group he toured Brazil and Peru, recording two albums through Odeon. In 1970, "Teletema" (with Tibério) took second place in a festival in Athens, Greece, in Evinha's interpretation, which achieved popular success also in Brazil. "BR-3" won the national phase of the V FIC, in Toni Tornado's interpretation.
In 1971 Adolfo moved to the U.S., hired by Jerry Shayne Music, Inc. In 1972 he returned to Brazil, beginning to write alone, and recording Antonio Adolfo (Philips). In that year he studied with David Baker at Indiana University. Adolfo was a member of the band that backed Elis Regina in two European tours, finding time in between for a stint with the classical Nadia Boulanger, having studied also with Guerra Peixe and Esther Scliar. Back in Brazil, he developed his career as pianist, arranger, and producer. But even more deserving of attention is his work as a pioneer in the independent production field, which awakened artists and public to the necessity of opening alternative routes to non-commercial productions.
In 1977 he launched his independent label Artezanal with the album Feito em Casa, with only originals. Encontro Musical, released in the same year, brought again originals and only one song, "Sá Marina," written together with Tibério. The album had the participation of Joyce and Erasmo Carlos. Viralata (1979) had mainly originals, and Continuidade had special guests Viva Voz, Emílio Santiago, Hyldon, and Maurício Einhorn. The albums were propelled by shows throughout Brazil, together with artists like Tião Neto, Vítor Assis Brasil, Carmélia Alves, Oswaldinho do Acordeom, Alaíde Costa, Sidney Miller, Walter Queiroz, and Danilo Caymmi, among others.
In 1984 Adolfo released through the label Funarte a tribute album dedicated to the compositions of João Pernambuco, with participation of Nó em Pingo D'água. In 1985 he paid tribute to Chiquinha Gonzaga, a seminal Brazilian female conductor, pianist, and composer, interpreting her songs in Viva Chiquinha Gonzaga, with participation of Nilson Chaves and Vital Lima. The album Os Pianeiros is dedicated to belle époque piano composers. In the same year he participated in the first Carioca experience of teaching popular music/jazz in the Centro Calouste Gulbenkian, together with Pascoal Meirelles, Hélio Delmiro, Ary Piassarollo, Paulo Russo, and others. Seeing the potential of the sector, he opened his Centro Musical Antônio Adolfo, also developing workshops in the U.S. and Europe.
Adolfo published music education material in Brazil and abroad, including the video Secrets of Brazilian Music and the book with companion CD Brazilian Music Workshops, together with six other books through Lumiar publishing. In 1996 he received the Prêmio Sharp award for his instrumental composition "Cristalina," from his album Cristalino (1993). In 1997 released Chiquinha com Jazz (Artezanal), which also was awarded the Prêmio Sharp, and so was the album Antônio Adolfo.
2 comentários:
Antonio Adolfo - "Cristalino" (1989 - Chorus/Som Livre 407.0012)
1. Agitadinho
(Antônio Adolfo)
2. Trem da Serra [da trilha sonora do filme "Sonho sem Fim"]
(Antônio Adolfo)
3. Floresta
(Antônio Adolfo)
4. Bom Dia
(Antônio Adolfo)
5. Cristalina
(Antônio Adolfo)
6. 1999
(Antônio Adolfo)
7. Cromático
(Antônio Adolfo)
8. Balada
(Antônio Adolfo)
9. J. P. Saudações [homenagem à João Pernambuco]
(Antônio Adolfo)
10. Sá Marina
(Antônio Adolfo / Tibério Gaspar)
Antonio Adolfo: teclados, piano, computador
Mauro Senise: flauta
Bidinho: trompete
Zé Carlos: sax alto
Serginho: trombone
Nelson Faria: guitarra, sintetizador
Dino: violão de 7 cordas
Jorge: baixo, baixo acústico
Téo Lima: bateria, baixo, Octapad II
Paulinho Braga: bateria
Chacal: percussão
Jorginho: pandeiro
Produzido por Antonio Adolfo
Arranjos e direção musical: Antonio Adolfo
Assistente de produção e roadie: Alberto Raguenet
Engenheiros de gravação e mixagem: Nelson Nuccini e Edson Santos
Montagem: Denilson Campos
Gravado no Estúdio Chorus, exceto "Balada", gravado no Studio Sonoviso por Toninho Barbosa
Fotos: Frederico Mendes
Capa: Marciso "Pena" Carvalho
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