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O multi-instrumentista, compositor e arranjador brasileiro Egberto Amin Gismonti é certamente dono de uma das obras mais vastas e coerentes dentro da música brasileira. Nascido no Rio de Janeiro, numa família bastante musical, começou seus estudos aos cinco anos de idade. Estudou flauta, clarinete, violão e piano - este último, inclusive tendo como professor o renomado Jacques Klein. Em 1968 chamou a atenção do público e da crítica com sua composição “O Sonho”. De 1968 a 1971 residiu na França, onde estudou com os expoentes da música erudita contemporânea Jean Barraqué e Nadia Boulanger. Esta o encorajou a se voltar para as linguagens musicais brasileiras e não se deixar influenciar demasiado pela música européia. Em 1969 lançou seu primeiro disco, intitulado Egberto Gismonti. Ao voltar ao Brasil, estabeleceu-se em Teresópolis. No decorrer dos anos 70, a música de Gismonti foi se orientando para o lado instrumental e para estruturas mais complexas, o que dificultou seu relacionamento com o selo EMI/Odeon, para o qual gravava.
Em 1976 gravou, com o grande percussionista Naná Vasconcelos, o seu primeiro disco para a ECM, o hoje clássico Dança das Cabeças. Nesse trabalho, internacionalmente elogiado, o virtuosismo violonístico de Gismonti aparece em toda a sua plenitude. É interessante notar que Gismonti só começou a tocar seriamente o violão em 1968, após muitos anos de estudo sistemático de piano. Em busca de um veículo mais adequado à sua música e à sua técnica, Gismonti migrou, ao longo dos anos, do violão de seis cordas sucessivamente para instrumentos de 8, 10, 12 e 14 cordas. Paralelamente, nunca deixou de ser um virtuose do piano.
De volta ao Brasil, Gismonti passou um mês entre os índios Yawaiapiti do Alto Xingú, tendo conhecido o chefe Sapaim. A comunicação entre Gismonti e os integrantes da tribo se dava principalmente através da linguagem da música. A experiência foi determinante na elaboração de seu trabalho seguinte, Sol do Meio-Dia, com a participação de astros em ascensão no selo ECM, o saxofonista Jan Garbarek, o percussionista Colin Walcott e o violonista Ralph Towner. A partir do final dos anos 70, Gismonti se tornou uma unanimidade entre os apreciadores da música instrumental brasileira. Realizou turnês pela Europa e tocou com grandes nomes do jazz e da world music: além de Naná, Garbarek, Walcott e Towner, podemos mencionar também Herbie Hancock, Airto Moreira, Flora Purim e Charlie Haden (que participou de seus discos Folk Songs e Mágico, de 1979). Em 1985 gravou Sanfona, um notável disco duplo: em um dos CDs, Gismonti toca sozinho, e no outro é acompanhado pelo grupo Academia de Danças, formado pelo saxofonista e flautista Mauro Senise, o baterista Nenê e o contrabaixista Zeca Assumpção. Em 1995 gravou com a Orquestra Sinfônica Estatal da Lituânia o disco Meeting Point, consagrando-se como compositor erudito.
A música de Egberto Gismonti abrange uma vasta gama de paletas sonoras, texturas, dialetos musicais e estados de espírito. Pode soar grandiosa ou introspectiva, dramática ou lúdica, nostálgica ou futurista, brasileira ou oriental. Suas composições são concebidas para os mais variados efetivos instrumentais, desde o violão solo até a orquestra sinfônica, passando pelos instrumentos étnicos e os teclados eletrônicos. Entre as principais influências de sua linguagem musical, podemos citar Heitor Villa-Lobos, Maurice Ravel, Django Reinhardt, John McLaughlin, Baden Powell, Astor Piazzolla, o folclore nordestino e do centro-oeste brasileiro, a música indígena e a música indiana, entre outras.
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Egberto Gismonti was born in 1947 in Carmo, Brazil. He began his formal music studies at the age of six on piano. After studying classical music for 15 years, he went to Paris to study with Nadia Boulanger (orchestration and analysis), and composer Jean Barraqué, a disciple of Schönberg and Webern. Returning to Brazil, Gismonti began to glimpse a reality broader than the classical world of music. He was attracted by Ravel's ideas of orchestration and chord voicings, as well as by "choro", a Brazilian instrumental popular music where varied kinds of guitars are featured. To play this music he made the transition from piano to guitar, beginning on the 6-string classical instrument and switching to the 8-string guitar in 1973.
He spent two years experimenting with different tunings and searching for new sounds, which is also reflected in his use of flutes, kalimbas, sho, voice, bells, etc. By the early '70s, he had laid the groundwork for his current conception was listening to musicians as wide-ranging as Django Reinhardt and Jimi Hendrix... For him, Hendrix's achievements were proof that "popular" and "serious" idioms need not remain opposite poles: "There's no difference between the two kinds of music...".
Gismonti's first ECM record Dance Das Cabecas (ECM 1089), and a duet set featuring percussionist Nana Vasconcelos, dating from 1977, was nominated Album Of The Year by Stereo Review and received the "Großer Deutscher Schallplattenpreis". Sol Do Meio Dia (ECM 1116) found the duo augmented by saxophonist Jan Garbarek, percussionist Collin Walcott and guitarist Ralph Towner; the session following on a tour featuring Gismonti, the Belonging Quartet and Oregon. Gismonti dedicated this album to the Xingu Indians of the Amazon, with whom he had lived for a period of time in the jungle. On his following 1979 ECM recording "Solo" (ECM 1136), he plays 8-string guitar, piano and bells, expressing a pure and comprehensive view of his music.
The next album to present Gismonti was a trio recording entitled Magico (ECM 1151) with bassist Charlie Haden and saxophonist Jan Garbarek, recorded in 1979. The same year, the trio toured Europe, including a concert at the Berlin Jazz Festival, and recorded a second Magico album, entitled Folksongs (ECM 1170). In 1981, Gismonti again toured with Haden and Garbarek, performing throughout Europe.
The album Sanfona (ECM 1203/04), is related to the Brazilian roots of his music. It features both group and solo work within the context of a single release. On the first record of his two-disc set, Gismonti is joined by his Brazilian group Academia De Danças: Mauro Senise (saxophone and flutes), Zeca Assumpçao (bass) and Nene (drums and percussion). On the solo disc, the emphasis is more decidedly on his guitar playing and on Indian organ improvisation. In his liner notes for Sanfona, Geraldo Carneiro characterizes Gismonti's offeirng as "a trip through Brazilian rhythms, musical forms and popular festivals... symbolizing Brazilian culture in all its breadth from solemn to burlesque".
Duas Vozes (ECM 1279) with Nana Vasconcelos appeared in 1984. Today Gismonti strives to bring two influences together, Western Europe music and the music from Brazil. Dança Dos Escravos (ECM 1387), released in 1989, takes him a step further in the direction where the distinction between "serious" and "popular" music doesn't play any role. His melodic lines have a special, cantible uniqueness. In harmonic terms, Gismonti has found a way of combining two cultures, such as one might also find in the music of Villa-Lobos, Baden Powell or Joao Gilberto. His rhythms, also extremely fragile and carefully constructed, never suffer from a lack of pulsating energy.
9 comentários:
Muito bom Egberto Gismonti !! Amigo, assim que puder, visite o meu Blog (http://www.dovelhoaonovo.blogspot.com). Tem muita coisa boa por lá... O Blog ainda tá no início, mas pretendo postar coisas preciosas do meu acervo.
Gde Abraço e Continue Mantendo a Excelência do BR-Instrumental !!
DJ GVPR
Grande blog o teu. Já tô baixando uns discos e já coloquei na lista de links daqui.
Valeu pelos elogios.
Este Blog é simplesmente genial.É tudo o que busco.
Que boa idéia,hein?!:
a melhor música do mundo e destacando o instrumental(mais pura linguagem musical).
Parabéns aos responsáveis,continuem pregando e levando luz.
Paz!!!
Egberto Gismonti Group - "Música de Sobrevivência" (1993 - ECM 1509)
1. Carmen
(Egberto Gismonti)
2. Bianca
(Egberto Gismonti)
3. Lundú #2
(Egberto Gismonti)
4. Forró
(Egberto Gismonti)
5. Alegrinho #2
(Egberto Gismonti)
6. Natura, Festa do Interior
(Egberto Gismonti)
Egberto Gismonti: piano, violão, flauta
Nando Carneiro: sintetizador, violão, caxixi
Jaques Morelenbaum: violoncelo, garrafa
Zeca Assumpção: baixo, pau de chuva
gravado no Rainbow Studio, Oslo, Noruega em abril de 93
engenheiro: Jan Erik Zeitlin
produzido por Manfred Eicher
Infelizmente o link expirou. poderia repostar? grato.
Thank you! I love Egberto.
Buenisimo el blog! Te aviso que el link esta caido. Abrazo
los cuelgo entre mis links
não dá parafazre o download ! poderia repostar ?
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