16 abril 2009

Antonio Carlos Jobim - Wave (1967)

Capa do disco
Clique aqui para baixar o disco/Download the album - Mediafire . enviado por J. Neto

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Tom JobimParcialmente criado em Los Angeles, mas gravado na Costa Leste, nos estúdios Rudy Van Gelder (Englewood Cliffs, Nova Jersey), em 11, 23, 24 de maio e 15 de junho de 1967, novamente para Creed Taylor, Wave foi o quarto LP solo americano de Tom e o terceiro com arranjos de Claus Ogerman.

Meio jazzístico no seu improviso, nem por isso deixou de ser um de seus discos mais essencialmente cariocas, na verdade um preito amoroso ao Rio, à sua paisagem, às suas águas e céus azuis, à bonomia dos seus habitantes, ao ensolarado e edênico ambiente onde Tom passou a infância e a adolescência, nadando e pescando entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e a praia de Ipanema. Um disco marcado pela intensa saudade que, na América, Tom sentia de sua cidade, dos bares em que conversava fiado com Vinicius e outros parceiros só de papo, pachorra e chope. Até dos primeiros tempos da Bossa Nova ele sentia falta, a tal ponto que numa das faixas, "Blusa vermelha" ("The Red Blouse"), perfeita trilha musical para um travelling à beira-mar, enxerta notas de "Só danço samba", "Fotografia", e cita alguns acordes de "Rio" e "O barquinho", dois clássicos da fase sal-sol-sul da Bossa Nova, assinados pela dupla Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Em outra, "Batidinha", homenageou a singular batida de violão de Rosinha de Valença, que aprendera com a própria violonista.

Dando título ao disco, um tema que não sugere ondas e ondulações apenas no título, mas que de outras coisas passaria a tratar quando, com letra em português, ganhou o subtítulo de "Vou te contar", única contribuição de Chico Buarque, que se sentiu inibido para escrever os demais versos que Tom lhe encomendara. Acompanhado por uma orquestra com 13 violinos, quatro cellos, dois trombones, três flautas, uma trompa, um parceiro de Miles Davis no baixo (Ron Carter) e a bateria dividida entre os brasileiros Dom Um Romão e Claudio Sion e o americano Bobby Rosengarden, Tom tocou piano ou violão em nove das dez faixas. Abriu uma exceção em "Antigua", abrasileirada visão de uma ilha do Caribe, quando pela primeira e última vez aventurou-se a dedilhar um cravo.

Em meio a composições então meio esquecidas, como "Olha pro céu" ("Look to the Sky"), que Lana Bittencourt lançara sete anos antes, e um tema de Orfeu da Conceição, "Lamento", repontam mais quatro novidades: "Triste", "Mojave", "Diálogo" e "Capitão Bacardi". Metafórico samba bossa nova sobre o medo de voar, apaixonar-se e vice-versa, "Triste" foi composto, com letra e tudo ("Tua beleza é um avião…"), em apenas uma tarde. "Mojave" é uma saltitante valsa, em compasso 6/8, inspirada pela forte impressão que o homônimo deserto de Nevada deixara em Tom. Executada por duas flautas baixas e com algumas notas roubadas a "Bonita", é uma das raras faixas em que não se ouve um solo do trombonista Urbie Green, que em "Diálogo" deleita-se num dueto com a flauta baixa de Romeo Penque, e em "Capitão Bacardi" ajuda a apimentar, no melhor estilo Raul de Barros, um samba rasgado (com cuíca e tudo), que Tom compôs em homenagem ao cunhado Paulo, primeiro marido de Helena Jobim, mais conhecido como Paulo Bacardi.

Texto extraído do site oficial do Tom Jobim
Para mais informação, visite o site do Clube do Tom

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Tom Jobim : by João LuisWhen Creed Taylor left Verve/MGM for his own label under the auspices of A&M, he quickly signed Antonio Carlos Jobim and they picked up right where they left off with this stunningly seductive record, possibly Jobim's best. Jobim contributes his sparely rhythmic acoustic guitar, simple melodic piano style, a guest turn at the harpsichord, and even a vocal on "Lamento," while Claus Ogerman lends a romantically brooding hand with the charts. A pair of instant standards are introduced ("Wave," "Triste"), but this album is to be cherished for its absolutely first-rate tunes — actually miniature tone poems — that escaped overexposure and thus sound fresh today. The most beautiful sleeper is "Batidinha," where the intuitive Jobim/Ogerman collaboration reaches its peak. One only wishes that this album were longer; 31:45 is not enough.

Richard S. Ginell - extracted from All Music Guide
For more info, visit Clube do Tom

3 comentários:

  1. Antonio Carlos Jobim - "Wave" (1967 - A&M Records 393 002-2)

    1. Wave
    (Antonio Carlos Jobim)

    2. The Red Blouse
    (Antonio Carlos Jobim)

    3. Look To The Sky
    (Antonio Carlos Jobim)

    4. Batidinha
    (Antonio Carlos Jobim)

    5. Triste
    (Antonio Carlos Jobim)

    6. Mojave
    (Antonio Carlos Jobim)

    7. Diálogo
    (Antonio Carlos Jobim)

    8. Lamento
    (Antonio Carlos Jobim)

    9. Antigua
    (Antonio Carlos Jobim)

    10. Captain Bacardi
    (Antonio Carlos Jobim)


    Antonio Carlos Jobim: piano, violão e cravo
    Ron Carter: baixo
    Dom Um Romão: bateria
    Claudio Slon: bateria
    Bobby Rosengarden: bateria
    Ray Beckenstein: flauta e piccolo
    Romeo Penque: flauta e piccolo
    Jerome Richardson: flauta e piccolo
    Joseph Singer: trompa
    Urbie Green: trombone
    Jimmy Cleveland: trombone

    Arranjos e regência: Claus Ogerman

    Bernard Eichen: violino
    Lewis Eley: violino
    Paul Gershman: violino
    Emanuel Green: violino
    Louis Haber: violino
    Julius Held: violino
    Leo Kruczek: violino
    Harry Lookofsky: violino
    Joseph Malignaggi: violino
    Gene Orloff: violino
    Raoul Poliakin: violino
    Irving Spice: violino
    Louis Stone: violino
    Abe Kessler: violoncelo
    Charles McCracken: violoncelo
    George Ricci: violoncelo
    Harvey Shapiro: violoncelo

    Fotos da capa: Pete Turner
    Design: Sam Antupit

    Produzido por Creed Taylor

    Gravado no Van Gelder Studios, NY, em 22, 23 e 24 de maio e 15 de junho de 1967

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  2. Uhuu valeu mesmo hein

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